Jogos contra o Lille, PSV e Sturm Graz, aliados a alguns deslizes de Kovacevic na fase inicial do seu percurso em Alvalade, foram determinantes para o uruguaio ganhar a baliza. Guardião soma 630 minutos de competição e um golo sofrido; reforço ex-Raków tem 570 minutos e sofreu sete golos, quatro dos quais na Supertaça.
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Franco Israel ganhou o braço de ferro com Kovacevic, assumindo-se nesta altura como titular indiscutível na baliza leonina. E para a ascensão do internacional uruguaio muito contribuíram os três jogos europeus que realizou: primeiro diante do Lille, depois com o PSV e, anteontem, contra o Sturm Graz. O nível exibido pelo guardião nas três partidas não deixa margem para dúvidas em relação ao número um da baliza leonina.
De resto, Israel soma 630’ e durante esse período sofreu um golo, frente ao PSV. Kovacevic em seis jogos sofreu sete golos, quatro diante do FC Porto, na Supertaça de Portugal.
O bósnio foi um dos reforços sonantes desta temporada, até porque era apontado como substituto de Adán, mas algumas imprecisões nos primeiros jogos acabaram por funcionar como um suplemento energético para Israel, já dono da baliza na parte final da época transata, depois de uma temporada muito complicada do internacional espanhol, ausente da competição durante muito tempo devido a lesão. O internacional uruguaio soube conquistar o seu espaço e esta temporada voltou a dizer presente, quando tudo apontava para uma inquestionável presença de Kovacevic na baliza.
Antes da partida contra o Sturm Graz, Rúben Amorim justificou a escolha. “A diferença não está no jogo de pés. A diferença está numa situação chamada sorte. E chamada contexto. A verdade é que o Kovacevic se lesionou e o Franco [Israel] agarrou o lugar. Já aconteceu isso no ano passado e senti que ele [Israel] teve um crescimento tal, que eu não poderia estar a fazer o mesmo que fiz o ano passado, quando o Adán se lesionou e eu voltei a trocar, porque entendi que o Adán devia ser o titular”, explicou, acrescentando: “O Franco está preparado. Surgiu a oportunidade, agarrou o lugar e vou deixar o Franco viver com essa tranquilidade, porque os guarda-redes são uma situação muito específica”.
Oito golos sofridos em treze jogos
Líder no campeonato e com duas vitórias e um empate na Liga dos Campeões, o rigor defensivo tem sido uma das armas do Sporting. É evidente que tal não se deve apenas aos guarda-redes, mas estes são parte integrante do setor defensivo. Os leões têm apenas oito golos sofridos em treze partidas disputadas, o que dá uma média inferior a um golo por jogo. No campeonato, a equipa de Rúben Amorim tem dois golos sofridos (nas duas primeiras jornadas), na Liga dos Campeões um, na Taça de Portugal também e na Supertaça Cândido de Oliveira quatro.