Liga discute as contas de Figueiredo

Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, é o único entre os líderes dos três grandes presente no Conselho de Presidentes que precede a Assembleia Geral Extraordinária da Liga, esta quarta-feira, em Santa Maria da Feira. Os clubes vão discutir as contas de 2013 e de 2014, chumbadas na era de Mário Figueiredo, o polémico antecessor de Luís Duque, cuja gestão ficou marcada pelo caos financeiro. "A aprovação das contas já foi adiada algumas vezes. Hoje, temos de olhar para elas e também saber os resultados da auditoria solicitada pela Liga. Isso vai levar-nos à aprovação, porque não dá para a Liga ficar sem as contas aprovadas. Há um buraco, temos de analisar. Sabemos que a Liga já recuperou bastantes dos apoios que precisava ter. Os patrocínios estão voltando, aos poucos, mas, ainda há que lutar para tapar esse rombo da gestão que ficou para trás", resumiu Tiago Ribeiro, presidente da SAD do Estoril, à entrada para a primeira reunião da tarde, no Europarque.

O dirigente mostrou-se animado com a forma como o organismo que gere os campeonatos profissionais está a recompor-se da crise financeira em que se viu mergulhado: "A Liga ficou em risco, na gestão anterior, como é sabido, mas, conseguimos reverter, dar a volta, trazer a credibilidade de volta para o futebol português e a Liga reconquistou os patrocínios e os apoios de que precisava para gerir o futebol".

Tiago Ribeiro não revelou os valores em discussão nem a possibilidade de os clubes virem a agir judicialmente contra Mário Figueiredo: "A nós cabe analisar a auditoria. Se houver alguma conclusão que leve a uma criminalização, isso cabe às autoridades analisar."

Além dos números da gestão anterior, os clubes discutirão ainda alterações aos estatutos, designadamente, no que respeita ao funcionamento da comissão executiva, que poderá vir a dar lugar a uma direcção, segundo Carlos Pereira, presidente do Marítimo.