O avançado resgatou um atributo que caracterizou o seu percurso formativo no Sousense. Dois cabeceamentos para golo, um dos quais fulminante no triunfo na Amadora, reforçam um arranque de época fantástico do avançado, que promete mais para a afirmação definitiva.
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É inevitável voltar a falar de Jota Silva, porque o arranque desta época assim o obriga. E por boas razões, já que o avançado tem sido preponderante nos primeiros compromissos do V. Guimarães. Aliás, o avançado parece ter resgatado um atributo que caracterizou o seu percurso formativo no Sousense: rematar de cabeça, principalmente ao primeiro poste.
Fê-lo já por duas vezes, esta época, com sucesso. A bola entrou na baliza dos adversários, primeiro na do Celje, no triunfo na Eslovénia, e agora na do Estrela da Amadora. Aliás, foi um cabeceamento fulminante a selar a vitória, por 1-0. Mais: Jota Silva lidera esse ranking nacional específico, do registo pelos ares, com dois remates de cabeça.
É verdade que só se disputou uma jornada e para os céticos pode parecer prematuro colocar o avançado nos píncaros da lua. Não é, acreditem, porque para a sua estatura (1,79 metros) é um bom indicador, tanto que é o quinto com mais duelos aéreos ganhos. Se comparamos a posição em campo com os restantes concorrentes, Jota Silva é o segundo melhor, depois do ponta-de-lança André Luís (Moreirense), já que os três restantes são defesas. Em três jogos, e a jogar num sistema com dois avançados, Jota Silva encontrou a fórmula certa para capitalizar o espírito combativo. Alcançou já metade dos golos na época de estreia no V. Guimarães; 50 por cento dos seus remates atingiram a baliza contrária; e ganhou 40 por cento dos duelos, e quando arrisca os dribles é eficiente (43%). E disse que ainda não está no seu pico de forma. "Espero que seja bem mais elevado ao longo da época", afirmara na véspera da receção ao Celje.