Lembra-se do centro de estágio do Aves? Os terrenos voltaram para a Junta e os bombeiros
Insolvência da SAD permitiu que os terrenos, apenas com um campo sintético construído, voltem para a propriedade da Junta de Freguesia e dos Bombeiros da Vila das Aves.
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Lembra-se do propalado centro de estágios da Vila das Aves? A obra, cuja primeira pedra foi lançada a 16 de setembro de 2016, com a presença de Pedro Proença, presidente da Liga, e outras entidades da esfera política e desportiva, e que contemplava um investimento a rondar os 3,6 milhões de euros, previa a construção de três campos, dois sintéticos e um relvado, balneários e uma estrutura hoteleira que deveria estar pronta em 2018.
Mais de quatro anos depois, nos terrenos que pertenciam à Junta de Freguesia e aos Bombeiros existe, apenas, um campo sintético, e duas estruturas montadas para receberem os restantes campos.
Agora, os terrenos da Quinta dos Pinheiros voltaram à esfera da Junta e dos Bombeiros, depois de a SAD do Aves ter entrado em insolvência. "O processo resolveu-se muito fácil. O contrato que foi feito entre Junta, Bombeiros e SAD foi uma cedência com várias cláusulas e uma delas era, que em caso de insolvência ou qualquer coisa que acontecesse à SAD, o terreno nunca podia sair da esfera da Junta, nem dos Bombeiros", explicou Joaquim Faria, presidente da Junta da Vila das Aves, a O JOGO. "O contrato entre ambas as partes foi analisado, foi um processo moroso desde a insolvência até hoje e a juíza concordou que o terreno não pertencia à SAD, mas sim as infraestruturas", acrescentou.
Resta um matagal e um campo sem balizas. "As infraestruturas base estavam quase todas construídas, tem dois lotes, no lote superior ia ser o campo principal, ficou com o terreno pronto para levar a relva, que nunca chegou a levar, e parte da bancada, que não está completa. Na parte de baixo, que pertence aos bombeiros, estão duas bases de um campo sintético, uma só tem a estrutura e a areia, falta aplicar o sintético, e na outra há um sintético montado, que só não tem balizas", enumerou.
O futuro da Quinta dos Pinheiros permanece uma incógnita. "A Junta tem um matagal e a parte dos bombeiros tem um campo feito. Não está nada em cima da mesa, ainda não falámos com os bombeiros, nem vice-versa. O que fazia sentido era tentar terminar aquele projeto. Contudo, a Junta não tem capacidade financeira para tal, além de que manter um campo de relva natural ia ser complicado. Fazia sentido construir a unidade hoteleira, para acolher um centro de estágios para equipas, mas nada está em cima da mesa", finalizou.