O melhor marcador da equipa na Taça de Portugal, com três golos, quer brindar os adeptos com mais uma alegria numa prova em que as surpresas fazem parte e Diogo avisa que a equipa é aguerrida.
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A Taça de Portugal tem o condão de criar uma atmosfera especial, com um efeito objetivo nos níveis de motivação dos jogadores. Apesar de o Leça não ser um desconhecido no futebol português, a visita de outro clube da Liga Bwin tem a particularidade de puxar ainda mais pelo sentido de identidade da equipa, em particular dos seus protagonistas mais jovens.
Nuno Barbosa e Diogo Ramalho não foram escolhidos aleatoriamente para esta reportagem. O primeiro estará, certamente, na lembrança dos leceiros por ter sido ele a fazer sofrer o Arouca. O jovem avançado, de 21 anos, marcou primeiro e anunciou a festa da Taça, até o adversário empatar e arrastar o jogo para prolongamento e penáltis. Fez-se alegria e também história, pois há dez anos que um emblema do escalão principal não caía na prova aos pés de uma equipa do escalão equivalente ao do Campeonato de Portugal. Nuno Barbosa pode orgulhar-se de ter estado na origem deste feito. "Deu mais confiança e motivação para continuar a lutar", conta o avançado, avisando o Gil Vicente de que se sente "cem por cento confiante" para novo desafio na Taça de Portugal, prova que lhe garante "maior visibilidade". "É bom jogar em casa, os adeptos merecem, e ajuda a valorizar o Leça - é um clube que também merece", acrescenta.
Ao seu lado, Diogo Ramalho partilha do mesmo entusiasmo, ainda que considere "ser um pouco estranho" defrontar o principal clube de Barcelos, que é a sua terra natal, e o emblema que o formou e lançou depois no futebol sénior. "Vai acabar por ser especial e poderei rever algumas pessoas", confessou o médio de 22 anos, um dos titulares na eliminatória com o Arouca que permitiu chegar a esta fase da competição. "Não estava à espera que fosse o Gil Vicente o adversário seguinte", comenta Diogo Ramalho, que se prepara "para "matar" os galos". A metáfora saiu-lhe no preciso momento em que contava a O JOGO a sua "fobia a galos e galinhas", embora o emblema do Gil Vicente já não contenha o célebre Galo de Barcelos, que foi novamente substituído pelo brasão da cidade. Fica a promessa de Diogo à equipa de Ricardo Soares. "O Gil vai sofrer muito, porque o Leça é muito aguerrido e nenhuma equipa tem tarefa fácil na nossa casa."