Jogador terá sido assistido no Hospital da CUF.
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O Leça denunciou esta terça-feira uma alegada agressão a um atleta da equipa sub-13 do clube, num jogo referente à 2.ª Divisão de juniores D da AF Porto, frente ao Associação Desportiva e Recreativa da Pasteleira, no sábado. De acordo com o Leça, o jogador teve mesmo ser assistido no Hospital da CUF.
"O nosso atleta, tendo levado um soco, pelas costas, na cabeça e tendo caído desamparado no chão foi, de seguida, pontapeado na cabeça por um atleta da Associação Desportiva e Recreativa da Pasteleira, ao minuto 12 da segunda parte do jogo. Na sequência desta agressão o nosso atleta teve de ser substituído e posteriormente foi assistido no Hospital CUF Porto. O árbitro auxiliar levantou a bandeira para sinalizar o incidente, dado que o árbitro principal não se terá apercebido da agressão, e o jogador da Associação Desportiva e Recreativa da Pasteleira foi expulso. O jogo foi retomado de imediato", pode ler-se no comunicado do Leça.
"O Leça Futebol Clube irá efetuar uma exposição destes acontecimentos à Associação de Futebol do Porto, dado que este tipo de conduta em nada se coaduna com a Educação para Valores e Ética pela Prática Desportiva", lê-se ainda.
Já Bruno Sousa, responsável pelo Pasteleira, expõe uma visão completamente diferente. O comunicado "não tem nada a ver com o que aconteceu", afirma. O dirigente confirma a agressão de "um jogador que nunca tinha sido expulso ou tido uma atitude como esta e que, no final, foi pedir desculpa ao árbitro, a chorar", mas justifica-a com "insultos por parte dos jogadores do Leça durante o jogo". "O nosso jogador viu o vermelho, o jogo prosseguiu e, ao contrário do que diz o comunicado, o miúdo do Leça continuou a jogar, não teve de sair", acrescenta
"Não se passou nada, a não ser o pai do miúdo do Leça que quis oferecer porrada ao jogador que foi expulso", conclui.
Confira o comunicado do Leça na íntegra:
"O Leça Futebol Clube vem por este meio condenar veemente a agressão sofrida pelo nosso atleta de SUB 13 no jogo da II Divisão Distrital de juniores D que decorreu no passado dia 12 de fevereiro entre a Associação Desportiva e Recreativa da Pasteleira e o Leça Futebol Clube.
O nosso atleta, tendo levado um soco, pelas costas, na cabeça e tendo caído desamparado no chão foi, de seguida, pontapeado na cabeça por um atleta da Associação Desportiva e Recreativa da Pasteleira, ao minuto 12 da 2a parte do jogo. Na sequência desta agressão o nosso atleta teve de ser substituído e posteriormente foi assistido no Hospital CUF Porto. O árbitro auxiliar levantou a bandeira para sinalizar o incidente, dado que o árbitro principal não se terá apercebido da agressão, e o jogador da Associação Desportiva e Recreativa da Pasteleira foi expulso. O jogo foi retomado de imediato.
No final do jogo, os encarregados de educação do atleta agredido foram ameaçados e intimidados por elementos do público que estavam a apoiar a Associação Desportiva e Recreativa da Pasteleira.
Até ao momento não recebemos qualquer contacto por parte dos responsáveis da Associação Desportiva e Recreativa da Pasteleira para saberem do estado do atleta do Leça Futebol Clube, nem nenhum pedido de desculpas pelo lamentável ato praticado pelo seu atleta.
Face ao exposto, vimos pelo presente manifestar a nossa indignação perante os seguintes factos:
Leça Futebol Clube
a postura dos responsáveis da Associação Desportiva e Recreativa da Pasteleira;
o facto de o jogo não ter sido interrompido mediante a gravidade da situação,
normalizando uma situação de agressão gratuita entre jovens atletas;
o facto de os responsáveis pela organização do jogo não terem garantido a segurança dos atletas e do público do Leça Futebol Clube.
Assim sendo, o Leça Futebol Clube irá efetuar uma exposição destes acontecimentos à Associação de Futebol do Porto, dado que este tipo de conduta em nada se coaduna com a Educação para Valores e Ética pela Prática Desportiva.
Esperamos que a Associação de Futebol do Porto tome as devidas medidas que considere necessárias para garantir a segurança e bem-estar de todos os atletas, punindo com assertividade este tipo de comportamentos que não devem fazer parte de uma vida em sociedade"