Pablo Villar treinou o lateral-esquerdo ucraniano no Vizela e sublinha que os vitorianos garantem um bom reforço para a próxima temporada, a custo zero. Treinador responsável pela contratação de Lebedenko fala de um defesa taticamente evoluído, que pode jogar num sistema de três ou quatro defesas, e que cruza bem.
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Terminada a época na II Liga, Lebedenko prepara-se para ser apresentado como reforço do V. Guimarães. O lateral-esquerdo ucraniano chega a custo zero e com números muito interessantes, depois de 58 jogos no Vizela, coroados com cinco golos e oito assistências.
O defesa de 26 anos regressa à I Liga, onde atuou em 2023/24 sob o comando de Pablo Villar. O treinador natural das Astúrias recorda-se bem da época em que avançou para a contratação de Lebedenko. “Quando assinei pelo Vizela, o Kiki Afonso tinha saído para a Rússia [FK Ural] e precisávamos de um lateral-esquerdo. Tínhamos várias possibilidades, mas aqueles que queríamos assinaram por outros clubes que tinham mais dinheiro do que nós. Como eu tinha estado na Ucrânia, no Karpaty, trabalhei cerca de um mês com o Lebedenko, que depois assinou pelo Lugo. Mais tarde, ele estava a jogar no Corunha e eu tinha informação do clube de que ele não iria continuar. Pelo orçamento do Vizela, sabia que tínhamos capacidade para contratá-lo. Falámos e foi possível assinar o contrato”, recordou o técnico, em declarações a O JOGO.
Pelo desempenho que Lebedenko evidenciou nas duas épocas no Vizela, Pablo Villar não ficou surpreendido com o salto dado na carreira. “Fico muito contente que possa crescer e jogar num grande clube como o Vitória”, refere o treinador espanhol, de 38 anos, elogiando um profissional “muito tranquilo, que não cria problemas e dá sempre 100 por cento”.
Pablo Villar fala ainda de um jogador “muito disciplinado, trabalhador, taticamente evoluído e com um bom pé esquerdo”. “Independentemente de o Vitória jogar com quatro defesas ou com três centrais e dois jogadores nas alas, o Lebedenko tem condições para jogar das duas maneiras. Tem nível para realizar um bom trabalho no clube. É uma boa opção, e não tenho dúvidas de que há uma boa relação entre a qualidade e o preço”, reforça.
Aos 26 anos, o defesa ucraniano tem condições para retificar alguns pormenores. “Tem de melhorar na tomada de decisão. Já está há alguns anos a jogar em Portugal e em Espanha, mas o futebol na Europa de Leste é um bocado diferente, sobretudo na defesa à zona, nomeadamente a defender os espaços”, sublinha, destacando a capacidade ofensiva do lateral-esquerdo. “Apesar de não ser muito ofensivo, quando vai ao ataque sabe escolher os momentos, e cruza bem. Além disso, sabe como jogar por fora e por dentro, combinando com os companheiros”, destaca.