O antigo selecionador do México, com quem se cruzou no América, viria a revelar-se decisivo para lançar o lateral-esquerdo do FC Porto.
Corpo do artigo
Se há um treinador a quem Miguel Layún deve muito daquilo que é hoje no FC Porto, esse treinador chama-se Miguel Herrera, ex-selecionador mexicano, com quem trabalhou no América, antes de se transferir para o Watford e aterrar no Dragão. "Houve uma fase em que ele foi muito criticado pela Imprensa. Era tudo culpa do Layún", recordou Miguel Herrera ao "La Aficion". A frase "É tudo culpa do Layún" era uma piada a que as pessoas recorriam com frequência. A descida do Veracruz, clube onde o lateral jogava, em 2008/09, só agudizou a crítica, até surgir um empréstimo ao América e a oportunidade para que Miguel Herrera pudesse resgatar o jogador. "Nessa altura, começou a levantar a cabeça, comecei a apostar nele a titular e resultou, fomos campeões, depois de ter sofrido pressões para que o dispensasse. Mas fomos campeões no América e deu o salto para a Europa, onde tem mostrado toda a qualidade que tinha percebido nele. A crítica também fez dele um jogador mais forte e ajudou-o a crescer", sublinhou. A tranquilidade que encontrou com Miguel Herrera foi de tal forma, que o treinador lhe chegou a dar carta branca para gerir a situação como lhe fosse conveniente. "O talento estava lá, só precisava de o mostrar. Disse-lhe sempre para não baixar a cabeça e acreditar", recordou o ex-selecionador.
De regresso à seleção num contexto bem diferente, Miguel Layún é hoje encarado no México como um jogador preponderante na defesa. O rendimento alcançado no FC Porto mudou por completo a abordagem. "Ele rende muito mais na esquerda, porque é mais fácil para ele subir para cruzar, ou fletir para dentro para abrir o ângulo para o remate com o pé direito. Foi assim que resultou comigo no América", lembrou. "Hoje, é um jogador que respira confiança e aquilo que está a conseguir na Europa nem me admira", acrescentou Herrera.