Lance complicado no Farense-Sporting: árbitro manteve penálti, contrariando o VAR
Programa Juízo Final analisou um lance do Sporting. João Ferreira, vice-presidente do Conselho de Arbitragem, discordou da decisão tomada em campo
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Farense-Sporting: aos 37' o árbitro assinala penálti de Lucas Áfrico e após ser chamado pelo VAR manteve a decisão.
VAR: "O jogador tem o braço em posição natural e há um desvio no atacante imediatamente antes. Vou mostrar a posição do braço do defesa, antes desvia no atacante. Bate na coxa e desvia para cima, para o cotovelo do defesa."
Árbitro: "Para mim o braço está muito aberto."
VAR: "Tu é que sabes, tu é que sabes. Já te mostrei a imagem de trás que dá para ver a amplitude do braço."
Árbitro: "Ok, estás a ver aqui também. O jogador é o número 44 e para mim tem o braço em volumetria. Vou manter a minha decisão."
A explicação de João Ferreira, vice-presidente do Conselho de Arbitragem:
"Lance muito complexo. Posso não concordar com o meu colega em campo, mas tenho aqui um facto, uma prova. Se olharmos para o lance na sua plenitude, não gostaríamos que fosse assinalado penálti. E por quê? Há vários factos. O defensa está parado a fazer contenção, a evitar que o atacante se vire, a proteger a baliza, não faz nenhum gesto com a mão, e a bola sofre uma mudança de direção em cima do defensor, acaba por ser inesperada e a bola vai bater no braço. Não tem nada de penálti. Mas vamos à prova, e essa é que é a grande dificuldade. Esta intervenção foge ao normal. Mostra a certeza dos videoárbitros, e aqui o Fábio Verissimo estava convicto. A prova é: a bola bateu no braço? Bateu. O braço estava junto ao corpo? Não. Entramos aqui naquilo que é a amplitude de diferença de opinião e neste caso o Tiago manteve a sua decisão, gostávamos que fosse outra, em campo principalmente."