Lançado por Conceição e valorizado por Castro, brilha no "soccer" e Vitória esfrega as mãos
Autor de dois golos pela Seleção dos Estados Unidos na vitória sobre a Guiana, para a Gold Cup, Tyler Boyd está na mira de clubes da principal Liga americana. O V. Guimarães já sabe quais são.
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O futuro de Tyler Boyd poderá passar pela Major League Soccer (MLS). Com dois golos apontados pelos Estados Unidos na vitória (4-0) sobre a seleção da Guiana, o extremo arrasou na primeira jornada da fase de grupos da Gold Cup e despertou atenções entre os clubes que disputam o principal campeonato americana, sendo muito forte a possibilidade de chegar à SAD do V. Guimarães uma interessante proposta para a compra do passe.
Atento a Boyd desde que este se destacou na Turquia ao serviço do Ankaragucu, por empréstimo do Vitória, o Besiktas já manifestou interesse no jogador (tem ainda na mira o lateral Sacko e o médio Wakaso), mas não está na disposição de investir muito dinheiro na sua contratação, atendendo a que o contrato de Boyd com os minhotos só tem a duração de mais uma época.
Num jogo em que assinou um bis contra a Guiana, na Gold Cup, Tyler Boyd entrou para a história da seleção dos Estados Unidos ao assinar o 2-0. Significou o golo 1000 da equipa americana
Do outro lado do Atlântico, os sinais são bem mais favoráveis aos interesses do presidente Júlio Mendes e do vice Armando Marques, ambos demissionários do clube, como é sabido, e apostados em fechar um bom negócio para atacarem o mercado com maior desafogo financeiro, em busca de pelo menos um central, um extremo e um ponta de lança. O brilharete de Boyd no segundo jogo (o primeiro oficial) pelos Estados Unidos não deixou indiferente nenhum clube da MLS e o V. Guimarães já tem a clara noção sobre quem são os mais interessados, tudo apontando para que os próximos dias sejam reveladores em relação ao seu destino. Já o regresso a Guimarães é um cenário altamente improvável, não só porque Boyd tem a clara noção de que perdeu espaço no plantel, mas também porque a mudança para outro clube lhe permitirá auferir um salário muito superior ao que ganhou nos últimos anos, pelo que a renovação do contrato nem sequer está a ser considerada pelas duas partes.
Curiosamente, a inesperada valorização do jogador de 24 anos, natural da Nova Zelândia, mas com passaporte americano, ficou a dever-se a Luís Castro, já comprometido com o Shakhtar, que tão depressa viu nele características interessantes como prescindiu dele em janeiro, pouco depois da contratação de Rochinha (ex-Boavista).
De titular no começo da época (jogou de início, por exemplo, no Dragão num jogo em que o Vitória venceria por 2-3) passou para opção secundária e, mal surgiu a oportunidade de se mudar para o Ankaragucu, não pensou duas vezes, acabando por tornar-se, em pouco tempo, na principal figura da formação turca. Com seis remates certeiros e quatro assistências, Boyd foi mesmo o jogador do clube da capital turca com maior participação em golos em jogos do campeonato e não perdeu a inspiração ao serviço da seleção dos Estados Unidos, tendo-se estreado a marcar de forma impressionante (com um bis) na partida ontem disputada no Allianz Field, num jogo em que também marcaram Paul Arriola e Gyasi Zardes.
Os Estados Unidos lideram o Grupo D da Gold Cup, em parceria com o Panamá, estando agendado para domingo o próximo jogo dos americanos, frente à seleção de Trindade e Tobago. Boyd será, por certo, o centro das atenções e aproveitará a ocasião para aguçar um pouco mais o apetite dos tais clubes da MLS. Uma situação que por certo não espantará Sérgio Conceição, que resolveu lançar o avançado oriundo dos Wellington Phoenix (Nova Zelândia) frente ao V. Guimarães, numa partida disputada a 17 de janeiro de 2016. Depois dessa experiência, ainda voltaria à equipa B em 2016/17 e jamais seria opção para Pedro Martins... até ganhar asas ao serviço do Tondela, no seu primeiro empréstimo.
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