Lage confirma saída de Florentino: "Tive uma conversa com ele no Mundial de Clubes..."
Bruno Lage em declarações após o Alverca-Benfica (1-2), este domingo
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Que análise faz ao jogo? "O objetivo principal foi atingido, que era vencer o jogo. Fizemos uma primeira parte consistente, sólida, a controlar o jogo. Criámos as oportunidades de golo, que nos permitiram chegar ao intervalo a vencer. Entrámos na segunda parte com outra boa oportunidade do Schjelderup, um bom movimento pela esquerda. Quando sinto que o jogo se encaminhava de uma forma tranquila, surge a expulsão e muda o jogo, mas a equipa teve coragem e determinação. Já tínhamos jogado assim no Fenerbahce, com dez e fechámos a baliza o suficiente para vencer os três pontos."
Estava irritado na flash? "Foi evidente. Quando olho para o jogo como estava, calmo, com duas equipas a querer jogar bom futebol, num relvado difícil e com o vento que estava. Mérito também do Alverca pela qualidade, pelo sistema e juventude que tem com três homens na frente e um ponta de lança que não conhecia e fiquei surpreendido pela forma como jogo. Num jogo tão tranquilo houve demasiadas faltas e muitos amarelos. O Dedic faz três faltas e vê dois amarelos."
No final do jogo deu um abraço ao Florentino. Espera que não saia mais ninguém? "Ainda temos muito trabalho pela frente. Ainda falta um dia para o fecho do mercado. Estamos a trabalhar no sentido de ter um plantel para jogar de três em três dias com a exigência do Benfica. Sobre o Tino dei-lhe um abraço. É a despedida de um grande jogador, que tive a oportunidade de o lançar e me ajudou imenso, quer na equipa B, quer na A. Também realcei a importância do Roger Schmidt, que o soube repescar em tempo útil. Tive uma conversa com o Florentino no Mundial de Clubes. Se aparecesse uma boa oportunidade, ele poderia ter uma aventura diferente no estrangeiro [Burnley]. Por isso, fizemos o reforço que fizemos no mercado. Pela época que fez, uma equipa de uma grande liga poderia vir buscá-lo. O Tino teria sempre espaço comigo porque gosto de ter dois jogadores competitivos por posição. A vinda do Manu foi exatamente para isso e a vindo do Enzo foi também."
Com o passar dos minutos foi mais difícil fazer movimentos de desequilíbrio? "Fizemos muitos movimentos e criámos os golos daquela maneira. Temos de olhar para o perfil dos nossos jogadores. Quando a bola chegava fora ao Dedic e ao Samuel em diagonais, podíamos ter feito mais cruzamentos rasteiros para apanhar a linha defensiva a tentar defender a baliza. Foi o que reforçámos ao intervalo para a equipa fazer. Mas olhando para o jogo e para a exigência deste ciclo sem a tal pré-época. É mais difícil controlar o desgaste físico durante o jogo dos jogadores menos jogados do que os que vão jogando. Alguns jogadores já vinham com seis ou sete jogos e foi nesse sentido que refrescámos a equipa. O Samu teve uma grande exibição, mas o Trubin continua o número 1, mas o Samu continua a ser muito importante para nós. O Tomás Araújo foi porque o ponta-de-lança do Alverca é muito rápido a atacar a linha defensiva e o Barreiro e Andreas muito próximos do homem da frente para manter a equipa unida na pressão. Controlámos com e sem bola, defrontámos uma grande equipa e com 10 a equipa fechou-se. Neste momento, era muito importante fechar este ciclo com mais três pontos."
Além da polivalência, Aursnes representa também funções na parte de scouting? "Não sei se ele já cá estava quando referiu que o Sudakov poderia ser um elemento a entrar na equipa. Foi sim porque é um grande valor. É um jogador com enorme qualidade e pelas várias posições que desempenha é muito importante para nós continuarmos a construir esta equipa, em que independentemente do sistema tenhamos várias soluções para jogar."