Águias têm apenas 8,3% de golos de bola parada (quatro em 48). Pior só o Tondela. E estão em branco nos pontos.
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A atravessar um bom momento, fruto das seis vitórias consecutivas no campeonato, e sem sofrer golos há sete partidas, o Benfica procura recuperar o terreno perdido para Sporting e FC Porto, a nove e três pontos de distância, respetivamente.
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Contudo, e apesar das melhorias apresentadas, Jorge Jesus continua a trabalhar no sentido de manter a equipa a evoluir, nomeadamente no capítulo das bolas paradas, no qual as águias - que tiveram 11 cantos, o seu segundo registo mais alto na Liga, ante o Paços de Ferreira, conseguindo apenas um remate - apresentam um aproveitamento inferior aos seus rivais, fruto dos apenas quatro golos obtidos desta forma. Aliás, se em termos absolutos há apenas cinco equipas na Liga NOS com menos golos - Tondela (dois), Vitória de Guimarães, Moreirense, Rio Ave e Marítimo, todos com três -, a verdade é que em termos relativos apenas o Tondela tem um peso inferior deste tipo de lances no total dos golos no campeonato: 8 por cento contra os 8,3 por cento das águias.
No que diz respeito aos lugares cimeiros, o FC Porto destaca-se e superioriza-se claramente aos encarnados. Os 12 golos de bola parada, e excluindo penáltis, nas primeiras 26 jornadas são um máximo entre as 18 equipas da Liga, sendo que este tipo de lances tem um peso de 21,8 por cento no total dos dragões, contra os 12,8% e 12,5% de Braga e Sporting, respetivamente, que totalizam ambos seis golos.
A zero em pontos, ao contrário dos rivais
O laboratório do Benfica produziu resultados esta época em quatro jogos, Famalicão a dobrar (5-1 e no 2-0), Moreirense (2-0) e Belenenses (3-0), mas não permitiu ainda às águias capitalizarem-no com a conquista de pontos. Precisamente ao contrário da concorrência no topo.
Encarnados são batidos, entre os da frente, por FC Porto (21,8 por cento), Braga (12,8%) e Sporting (12,5%). Este tipo de lances resultaram em dez pontos para dragões, sete para arsenalistas e seis para leões
Se o Benfica está a zeros, o FC Porto, o mais certeiro na frente neste tipo de esquemas táticos, contabiliza dez pontos resultantes destes lances. O Braga, por sua vez, viu estas jogadas desbloquearem sete pontos, enquanto o Sporting obteve seis na sequência do seu laboratório.
Produção diminui em relação a 2019/20
Segundo melhor ataque da competição, com 48 golos, os mesmos marcados também pelo Sporting, e a sete dos 55 obtidos pelo FC Porto, o Benfica vê este tipo de trabalho tático apresentar esta temporada resultados inferiores a 2019/20. Nas primeiras 26 jornadas da temporada transata, ainda sob o comando de Bruno Lage, as águias faturaram por sete ocasiões desta forma, num total de 54. Ou seja, os lances trabalhados produziram 13 por cento dos tentos marcados até à altura.
E no que diz respeito aos pontos conquistados a diferença é também evidente, pois as bolas paradas tinham sido decisivas para a obtenção de seis pontos em período idêntico.