Koehler responde a Villas-Boas: "Quem recruta para a direção financeira um sócio que não pode votar..."
João Rafael Koehler, que figura na lista liderada por Pinto da Costa como vice-presidente para a área financeira, responde à entrevista de André Villas-Boas à RTP 1, transmitida na segunda-feira
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João Rafael Koehler, vice-presidente na lista de Pinto da Costa às eleições do FC Porto - marcadas para 27 de janeiro - recorreu esta segunda-feira às redes sociais para comentar parte da entrevista de André Villas-Boas, transmitida na segunda-feira na RTP1.
"Entendo o incomodo de AVB com o meu apoio a Pinto da Costa", começa por dizer o empresário e apoiante da recandidatura de Pinto da Costa.
"Quem recruta para a direção financeira um sócio que não pode votar e que precisa de 12 anos para resolver os problemas financeiros do clube (usando a Goldman Sachs, um dos mais caros financiadores do mercado), é natural que não goste da solidez das nossas propostas e da nossa experiência", acrescenta Koehler.
"Coisa diferente é atentar contra o meu bom nome de forma sistemática, só porque ajudei financeiramente o clube - a taxas atrativas de mercado - quando ele precisou. Se estivéssemos à espera de uns e outros para resolver os problemas financeiros do clube, bem podíamos esperar sentados. Os sócios que escolham", conclui.
RTP - O FC Porto pode deixar de ser dos sócios, há esse risco, eu creio que ouvi dizer que não era impossível o fundo Quadrantis, ligado a João Koehler, da candidatura de Pinto da Costa, vir a ser dono do FC Porto? Estamos a falar de um eventual incumprimento do clube que possa conduzir a isso?
"Sim, o que nos alertou foi sobretudo um prospeto que estava presente no site do fundo Quadrantis, onde estavam a ser dados como colaterais receitas do FC Porto, portanto o fundo Quadrantis queria levantar 250, 300 milhões de euros, e no seu prospeto dava indicadores claros e nítidos de receitas do FC Porto. Curiosamente esse prospeto mudou muito recentemente, onde apareciam logos da UEFA, do Fundo Saudita, ou seja, a transferência do Otávio para a Arábia Saudita, onde apareciam o logo dos operadores e onde aparecia o logo da Super Bock, e aqui estamos a falar da antecipação de receitas do contrato da Super Bock, que foi feita com a Connect Capital, também precisamente detida pelo fundo Quadrantis, ou em parte pelo fundo Quadrantis.
Portanto, quando nós vimos a presença destas colaterais, destas receitas colaterais relacionadas com o FC Porto, ficou claro que este financiamento e este levantamento de capital que pretendia a candidatura do presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, na ordem dos 250 milhões a 300 milhões, pudesse ter a ver com este fundo levantar este capital. Isto ficou ainda mais claro e presente quando nesse fundo fazem parte não só João Koehler, como também a José Fernando Figueiredo, que mais tarde viria a ser apresentado como CFO do FC Porto. Nós continuamos a ver muitos sinais presentes da influência deste fundo, não só também com a presença de Pedro Rosas recentemente no camarote de Pedro Pinho no jogo de FC Porto-V. Guimarães, portanto tudo roda à volta sempre das mesmas pessoas."