Kochorashvili, reforço do Sporting para esta temporada, deu uma entrevista ao Jornal Sporting
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Assinou pelo Sporting, mas ficou mais alguns meses no Levante: "A verdade é que gosto muito de viver o presente. Sempre disse que se a cabeça estiver no futuro ou no passado, tira-nos o que temos agora. Depois de assinar pelo Sporting, continuei a vestir a camisola do Levante e respeito muito o clube, que me deu imenso. Seria errado pensar noutra coisa. Claro que me motivava a ideia de, na época seguinte, poder jogar com a camisola do Sporting, mas é fundamental valorizar tudo o que um clube nos dá. Só queria ajudar o meu ex-clube, que estará sempre no meu coração, a alcançar o sonho de subir à Primeira Divisão espanhola. Sabia que, quando chegasse aqui, a minha cabeça estaria totalmente focada, primeiro em adaptar-me à equipa e, depois, em contribuir para alcançar os objetivos que este escudo representa."
Poder jogar num clube grande: "Sempre sonhei com a experiência de estar num clube tão grande, que joga sempre para ganhar. Sempre tive essa mentalidade vencedora e, no último ano, conseguimos alcançar o objetivo traçado. Mas, antes disso, nos clubes por onde passei, sofri muito por não ser assim. Por isso, mudar para uma realidade como esta era o meu objetivo. Quero adaptar-me a esta filosofia de depois de ganhar um jogo, não pensar mais nesse jogo, pensar imediatamente no seguinte. Depois de conquistar um título, pensar logo em como conquistar o próximo. Essa é a mentalidade que me fascina."
Bem acolhido: "Sinto-me, acima de tudo, um sortudo por estar aqui, por partilhar balneário com colegas tão grandes. Ao fim de dois dias sentia-me como se estivesse neste clube há muitos anos e isso não é fácil de alcançar. Não só o staff, mas todo o clube. Os colegas, claro, mas também o treinador. Vejo nele uma pessoa magnífica. Para mim, o mais importante são sempre as pessoas. Acredito que encaixámos muito bem. Tive a sorte de chegar aqui e estar rodeado de pessoas fantásticas. Depois de uma ou duas semanas, sinto-me como se já cá estivesse há três ou quatro anos. Facilitaram-me muito a adaptação, acolheram-me como um irmão. Sabia que estava a chegar a um grande clube, mas o que mais me surpreendeu, e agora percebo o porquê de tantos sucessos, foi o lado humano. Isso é algo que merece ser valorizado. Acredito que o Sporting está muitos níveis acima no modo como trata quem está dentro do clube."
Supertaça contra o Benfica: "Sabemos que é um grande jogo quando se defronta uma equipa da nossa cidade. Espero desfrutar muito desse momento e, claro, quando se vence o prazer é a dobrar. Acredito que estamos preparados e que estaremos ainda mais até lá."
Os sportinguistas: "Já vi e ouvi falar imenso dos nossos adeptos. Gosto de perguntar e de saber. Estou ansioso por sentir esse impacto, aquela sensação de que, mesmo quando já não conseguimos dar mais, os adeptos nos empurram. Quero muito sentir isso em Alvalade, sentir o que significa vestir esta camisola e saber que, atrás de mim, não está só um jogador, estão não sei quantos milhares a jogar connosco."