Kochorashvili e a saúde mental: "Agora desfruto, antes sentia a pressão de desiludir os meus pais"
Médio que está no Levante e vai representar o Sporting na próxima época esteve em mesa redonda sobre o tema e falou das recomendações dos piscólogos
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Giorgi Kochorashvili, reforço do Sporting para a próxima temporada, participou numa mesa redonda sobre saúde mental denominada Sentir a Camisola, organizado pelo Grupo Sanitário Ribera e pelo Levante, juntamente com outros atletas como Anna Torrodà, Javi Bueno e Pablo Andújar.
"Desde 2020, tenho trabalhado com o meu psicólogo desportivo. Apercebi-me de que não estava a divertir-me em campo como quando jogava em criança. A meditação ajudou-me muito, sobretudo quando me lesionei. Saí do meu país muito jovem e sentia que os meus pais dependiam do meu sucesso, o que era uma constante pressão. Sentia a pressão de desiludir os meus pais, e chegaram até a proibir-me de falar de futebol com eles. Falar com o meu psicólogo permitiu-me livrar-me desse fardo. A tensão que costumava acumular nos jogos desaparecia ao fim de dez minutos, algo que não acontecia nos treinos. Agora sei como gerir essa pressão e desfruto mais do futebol. A cabeça influencia ainda mais do que a parte física", afirmou o médio georgiano contrato pelo Sporting para a próxima temporada.
"As críticas afetam muito, e aconselharam-me a retirar o Twitter [atual rede social X], mesmo que se queira saber o que dizem. As pessoas só vêem os 90 minutos, mas o mais importante é pensar que o único que sofre ou se diverte todos os dias sou eu. Levanto-me às 7 da manhã de segunda-feira e já estou a pensar em como melhorar. Só se vê a relva, mas por vezes a pressão não nos permite exprimir tudo o que trabalhámos durante a semana", concluiu.