Kiko Félix arrancou com um golo, na vitória da Sanjoanense sobre o Fafe, dando sequência aos seis triunfos que fecharam 2024/25
Corpo do artigo
A Sanjoanense entrou com o pé direito na Liga 3 ao vencer no terreno do Fafe, por 2-0, adversário que na época anterior disputou a fase de subida, ao contrário dos alvinegros, que viveram uma temporada de sobressaltos, caindo na fase de manutenção do terceiro escalão nacional. Aí, o arranque voltou a ser intermitente, mas seis vitórias seguidas na ponta final atiraram a equipa para o segundo lugar dessa etapa. Com um golo marcado na jornada inaugural, Kiko Félix espera que seja bom presságio para o que aí vem, procurando melhorar os números do último ano: dois golos e duas assistências em 23 jogos. Na próxima jornada, a primeira da temporada em casa, o médio apela a uma forte presença dos adeptos para ajudar a equipa a vencer o Marco, estreante neste escalão.
A Sanjoanense começou o campeonato com uma vitória contra o Fafe. Qual foi a chave para este triunfo?
— Para muitos pode ser uma surpresa, mas trabalhámos muito durante a pré-época e felizmente conseguimos entrar com o pé direito. O Fafe pode ter estado por cima do jogo em muitos momentos, mas nós com muita vontade de vencer e ambição, conseguimos ganhar.
Seria difícil pedir melhor estreia, com um golo em casa de um candidato...
— Para primeiro jogo, acho que não podia ter corrido melhor. Foi uma excelente exibição e agora há que continuar a trabalhar para manter este nível.
Já fez quase tanto em termos ofensivos como nos 23 jogos da época passada. O que perspetiva para 2025/26?
— Esta época quero ter muitos mais golos e muitas mais assistências para ajudar a Sanjoanense a cumprir os objetivos, que são ainda maiores.
A Sanjoanense terminou a última edição da Liga 3 com seis vitórias seguidas e agora obteve mais uma. Há razões para sonhar com algo mais?
— Dentro da equipa definimos objetivos muito grandes para este ano. Já são sete vitórias seguidas, mas vamos à procura da oitava.
Chegou à Sanjoanense depois de ter passado pela formação do V. Guimarães e Sporting. O que o motivou a continuar?
— Cheguei em setembro, no fim do mercado. Foi um clube que me acolheu muito bem, que me fez sentir em casa. Fez-me voltar a ter confiança para ser o Kiko que era antes. Este ano, o projeto do clube está ainda mais ambicioso e isso motivou-me a querer ficar. Não pensei duas vezes. O objetivo é ficar nos quatro primeiros para disputar a fase de subida à II Liga.
Manter a maior parte do plantel assim como o treinador, poderá ser uma vantagem?
— Sim, foi um dos motivos para querer continuar. Estamos todos muito felizes por manter a maioria dos jogadores. Assim é mais fácil transmitir a mística do clube e mostrar quem é a Sanjoanense aos novos, aos reforços. Na verdade, o que aconteceu na temporada passada foi quase um milagre. Começámos a fase de manutenção com dois pontos e depois foi o que toda a gente viu [2º lugar]. O míster pede-nos sempre muita intensidade e esse acaba por ser um dos nossos segredos.
Pode jogar como médio-ofensivo ou extremo, onde se sente mais confortável?
— Posso fazer essas duas posições, mas onde me sinto mais capaz é como médio. Gosto de receber a bola entre linhas, tenho boa definição e qualidade técnica.
O seu apelido não é Félix, adotou-o por sentir semelhanças com a forma de jogar do João Félix, que jogou no Benfica?
— De facto, o meu último nome não é Félix. Chamo-me Francisco Silva, mas acabou por ficar Kiko Félix um bocado por causa do João. O estilo de jogo é um bocado parecido, mas não quer dizer que seja como ele, que é um jogador que aprecio muito e tem muita qualidade. Desde o Felgueiras [2020/21] que os meus colegas começaram a tratar-me por Félix.
No próximo jogo vão apadrinhar a estreia do Marco neste escalão. O que espera desse desafio, que será o primeiro da época em casa?
— Contra o Marco esperamos um jogo extremamente difícil, como todos os jogos da Liga 3 contra equipas com grandes objetivos. Queremos ganhar outra vez e vamos fazer tudo por isso. Será o nosso primeiro jogo em casa e vamos querer contar com o apoio do nosso público nesta estreia, para que ajudem a empurrar-nos para mais uma importante vitória.
Alberto Costa, Mateus Fernandes, Renato Veiga e Essugo são craques
Natural de Guimarães, Kiko iniciou o seu percurso no Vitória, clube ao qual esteve ligado oito temporadas, passando recentemente mais duas épocas na equipa B. Aí, o médio destaca dois jogadores: “Impressionaram-me o Alberto Costa, que agora foi para o FC Porto, e o Gonçalo Nogueira, que, não tarda, começará a aparecer na equipa A.” A seguir, o jovem passou pelas escolas do Sporting, onde houve três nomes que o convenceram. “O Mateus Fernandes foi o melhor jogador com quem já joguei, agora está no Southampton. O Renato Veiga também me surpreendeu muito, assim como o Dário Essugo”, nomeou. Apostado em chegar longe, Kiko vê na Sanjoanense o patamar ideal para se mostrar. Na época passada teve a ajuda de Jota Pereira, colega no Vitória, que este ano partiu para a Ucrânia (Oleksandria).