A ex-jogadora dos encarnados, agora ao serviço do Barcelona, está convicta de que celebrará dois títulos amanhã
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Kika Nazareth está prestes a viver um paroxismo de emoções por duas camisolas, embora haja uma cor que lhe esteja entranhada na alma: a do Benfica. A internacional portuguesa, atualmente ao serviço do Barcelona e a recuperar de uma rotura no ligamento lateral interno do tornozelo esquerdo, não tem dúvidas de que o desfecho do dérbi de amanhã penderá para as águias.“Estarei a torcer efusivamente pelo Benfica”, frisou, convicta de que terminará o dia a festejar o título pelo Barcelona, na casa do Bétis, e à noite terá outra festa, desta vez em Lisboa, que viverá à distância. “Já estive a fazer toda a gestão, porque vou viajar com a equipa para Sevilha e, depois do almoço, dá tempo”, revelou, satisfeita por conseguir conciliar a atenção aos seus dois amores.“Agora não durmo; sofro por duas equipas”, disse a médio-ofensiva, cujas palavras, sempre no plural, atestam a profunda ligação ao Benfica. “Tivemos momentos na Liga contra uma equipa teoricamente mais fraca e não conseguimos corresponder. Mas depois chegámos à Champions League e fizemos o que mais ninguém esperava que pudéssemos fazer”, recorda, referindo-se, claro, à equipa de Bruno Lage.“O Benfica só depende do Benfica. E isso é a maior segurança que nós, como jogadores e como equipa, podemos ter. Estamos onde queríamos estar”, completou a embaixadora do torneio Red Bull Four 2 Score, que arranca amanhã na Cordoaria do Porto.
Kika Nazareth sente que estão conjugados todos os fatores para haver “bom futebol” no Estádio da Luz. “Quando falo em bom futebol, refiro-me a um jogo realmente jogado, sem muitas paragens. As pessoas vão para ver um bom jogo de futebol. Obviamente, para ver o Benfica ganhar”, vincou a ex-jogadora das águias, que celebrou quatro títulos antes de se transferir para o Barcelona, ao serviço do qual poderá celebrar na final da Champions, frente ao Arsenal, no dia 24.“Posso tornar-me campeã europeia assim, de um dia para o outro. Faço parte desta história, e é impressionante o que o Barcelona tem feito nestes últimos anos. Poder fazer parte de mais uma página também é um sentimento de responsabilidade”, disse, sentindo-se integrada na vivência da equipa, apesar de arredada dos relvados – facto que não lhe retira a “pontinha de esperança” em ir com a Seleção Nacional para o Europeu.