Extremo passou por um mau bocado, mas parece de volta ao seu melhor. Há dois anos, o professor tentou levá-lo para o Bessa, mas faltou dinheiro... ao Boavista.
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O Desportivo de Chaves fez história na noite do passado sábado, ao vencer o Sporting, em Alvalade, triunfo que se converteu num marco histórico na vida do emblema transmontano, que nunca tinha conseguido vencer em casa de qualquer um dos "grandes" do futebol português.
O ala brasileiro Juninho e o capitão Steven Vitória foram os marcadores dos golos, cabendo ao brasileiro a marcação do golo da consagração, numa veloz arrancada pela esquerda, após uma excelente desmarcação de Kevin Pina.
Aos 25 anos (completará 26 no dia 21 de novembro próximo), Juninho quer aproveitar este regresso do Chaves à Liga Bwin para relançar a sua carreira, após uma época que, embora coroada com a subida da sua equipa, esteve longe de ser perfeitapelas lesões. Nessa época anterior à promoção, viu abortada a transferência, no mercado de janeiro de 2020, para o Boavista - Jesualdo Ferreira, recém-campeáo noEgito, era então o treinador boavisteiro e viu nele potencial, mas o clube portuense não teve argumentos financeiros e, depois de uma semana a treinar no Bessa, foi devolvido ao Chaves . Mas complicadas foram as muitas lesões que o apoquentaram e que, inclusivamente, o impediram de começar esta época nas melhores condições, o que naturalmente impediu a titularidade, situação que pode ter recuperado nesta vitória épica para os transmontanos.
Nascido em Pitangui (Brasil), Otávio Vieira dos Santos Júnior, "Juninho" para o mundo do futebol, o jogador flaviense, que pode jogar na frente de ataque, quer à direita quer à esquerda, começou a carreira no seu país natal ao serviço do Atlético Paranaense, representando depois o Portimonense, o Grémio Novorizontino, o Figueirense, o Vila Nova (todos do Brasil) e o Estoril Praia, de onde se transferiu para o Chaves no início da época de 2020/21 e onde se tem mantido com uma folha de serviços de agrado dos adeptos flavienses, que reconhecem nele uma das mais-valias ao serviço do plantel. Saiu do banco em Alvalade diretamente para a história do Desportivo.
Chegada de madrugada e corrida aos jornais
Atendendo à hora a que o jogo terminou e à distância a percorrer entre as capitais de Portugal e do Alto Tâmega (500 quilómetros), a comitiva flaviense só chegou cerca das seis da manhã de ontem. Com dois dias de folga, os transmontanos regressam ao trabalho na tarde de amanhã, para preparar a receção ao Rio Ave. Ontem, na cidade, era muito comentada a vitória da equipa de Vítor Campelos, registando-se grande corrida às bancas, onde os jornais esgotaram.
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