Juninho estreou-se no Campeonato de Portugal com hat-trick: "O último foi com 17 anos"
Extremo foi decisivo na primeira vitória da história do clube no Campeonato de Portugal: 5-1 ao Ribeira Brava. Esta foi a primeira vez que, como sénior, fez três golos num jogo. O brasileiro vinha de lesão – já tinha jogado na Supertaça da AF Braga – e, por isso, saiu ao intervalo, após uma primeira parte para recordar
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Foram 45 minutos em campo e três golos para a história de Juninho, extremo brasileiro do Celoricense, que goleou o Ribeira Brava por 5-1 e conseguiu a primeira vitória da história do clube no Campeonato de Portugal, onde esta época é estreante. O vencedor da Pró-Nacional da AF Braga tinha perdido, em casa, com o Bragança (2-1) na ronda inaugural, mas diante dos madeirenses resolveu a vida cedo: ao intervalo a vantagem era de 4-1, com três remates certeiros de Juninho, que não voltou dos balneários para o segundo tempo. “Vinha de uma lesão, perdi quase metade da pré-época, tinha feito o primeiro jogo na Supertaça da AF Braga [3-1 perante o Celeirós], mas ainda senti algum desconforto na coxa e achei melhor não forçar”, explica.
Sobre os golos, foi caso inédito na carreira profissional. “Nunca tinha feito um ‘hat-trick’ como sénior. A última vez, que eu me lembre, tinha uns 17 anos, quando estava no Brasil”, recua o atacante, de 24 anos, nascido em Santa Rita de Minas, uma cidade de Minas Gerais com quase sete mil habitantes. Foi no Santarritense que Juninho deu nas vistas, até o projeto Mértola United o trazer para Portugal, em 2022. “Fiquei sem jogar até janeiro, devido a um problema na inscrição. Só fiz um jogo no Mértola e marquei dois golos, num encontro que ganhámos 9-1, creio eu”, recorda. “Depois, fui para o Castrense [Castro Verde], fomos campeões da Taça e Supertaça, e em 2023 mudei-me para a equipa B do Termas de São Vicente. As coisas correram-me bem e acabei por ficar na equipa A. Subimos à Divisão de Elite da AF Porto e a meio da temporada passada recebi o convite do Celoricense”, acrescenta. O projeto de subir para o CdP seduziu-o e garante só ter “a agradecer” pelas condições encontradas em Celorico de Basto.
Para trás ficou a família, do outro lado do oceano, especialmente a mãe. “Nunca tinha ficado mais de seis meses fora de casa, vir para Portugal foi muito difícil. Vou ao Brasil todos os anos, nas férias, ver a minha família e a minha mãe”, destaca, ao mesmo tempo que continua a acalentar a esperança de “chegar a outros patamares”.