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Guarda-redes brasileiro rescindiu por mútuo acordo com o Benfica.
Júlio César rescindiu contrato com o Benfica. O guarda-redes brasileiro terminou um ciclo de três épocas e meia na Luz e explicou a decisão. "É uma decisão minha. Sempre tentei ajudar dentro e fora do campo, nomeadamente no balneário e nos treinos. Vi que já não estava a ajudar e falei: para prejudicar, prefiro parar. Já não ia muito motivado para os treinos. É também por uma questão de vaidade pessoal pela carreira que tive, 20 anos. Gostaria de encerrar a minha carreira a jogar. Vendo que estava a ter pouco espaço, optei, amigavelmente, por chegar a um acordo. O presidente foi sensacional comigo e só tenho de agradecer a esta casa linda que me acolheu e à minha família. Entro e saio pela porta da frente de cabeça erguida, conquistei oito títulos, que é um feito muito bom. Foi uma viagem linda durante três anos e meio e só vou levar grandes recordações e grandes alegrias", afirmou o guarda-redes ao canal do clube.
A decisão, admite, não foi fácil. "Estou correndo um risco. Hoje, não tenho nada, não tenho clube. Para que chegasse a este ponto foi muito difícil. Caso apareça alguma coisa, vou estudar as possibilidades; caso não apareça, seria um momento importante para pendurar as luvas, mas ainda não penso nisso", vincou.
"Para ser sincero, nos treinos, já não rendia o que sei que posso render. Eu e o Rui Vitória tivemos uma conversa muito amigável, muito transparente. Saio pela porta da frente e muito grato pelo que o Benfica me proporcionou. Ganhou um novo adepto", continuou Júlio César, sem esconder que vai ter saudades.
"Vou ter dos adeptos, sem dúvida. É uma coisa cativante, principalmente quando se vence. Quando não se vence é pesado, mas é normal porque é um clube acostumado a vitórias e títulos. Vou sentir falta do Estádio da Luz, do ambiente, da festa no Marquês de Pombal e do balneário. É como uma segunda família", terminou.
