Tounkara, francês de 20 anos, chegou ao Vitória de Guimarães na época passada e já é o jogador mais utilizado da equipa B.
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O central Mamadou Tounkara ficou "agradado com a qualidade das equipas" em Portugal e mostrou-se feliz pela visibilidade que a Liga 3 proporciona aos atletas jovens.
Na época passada mudou-se de malas e bagagens de França para Portugal, para representar o V. Guimarães, como aconteceu essa mudança?
- Venho de Paris e foi lá que dei os primeiros passos no futebol. Cheguei a Portugal em 2020 para jogar nos sub-23 e foi aí que descobri o futebol português. Fiquei muito surpreendido e agradado com a qualidade das equipas. No início dediquei-me a observar mais, a prestar atenção à forma como as equipas jogavam para assim aprender e poder integrar-me mais rapidamente. Além disso, tenho tentado perceber melhor a língua para comunicar bem com os meus colegas.
Está a ser uma boa experiência?
- É bem mais fácil agora. Depois de um ano de aprendizagem e experiência, consigo ser mais independente e posso estar mais à vontade dentro de campo. Já consigo comunicar muito bem com os outros jogadores e isso revela-se fundamental para o sucesso.
O que foi mais difícil no período de adaptação?
- O mais difícil foi o idioma e, por isso, a comunicação dentro de campo. Como já disse, agora é mais fácil e quase já nem é uma dificuldade.
Começou por jogar nos sub-23, mas rapidamente agarrou um lugar na equipa B, onde disputa a Liga 3. É uma competição com muita visibilidade?
- Sim, é uma competição com muita visibilidade. Já estávamos à espera de uma maior visibilidade na Liga 3, mas superou as expectativas. Os jogos passam todos na televisão, há programas dedicados à prova e isso é muito importante para que o jogador se sinta reconhecido. No meu caso é também uma forma de a minha família acompanhar a minha evolução em Portugal.
Na última jornada, a equipa voltou às vitórias e cimentou o quinto lugar na Série A. Como está a ser a temporada?
- Penso que nos faltou uma ponta de sorte em alguns jogos, principalmente nos jogos fora, pois é aí que não temos conseguido ser eficazes. Em casa temos estado a um nível fantástico, tal como aconteceu nesta última jornada. A nossa equipa não vive obcecada com a classificação e, por isso, a avaliação foca-se no desenvolvimento dos jogadores. E, tendo em conta os jogadores que já subiram à equipa A, penso que a avaliação à nossa temporada só pode ser positiva. Olhando para a Liga 3, penso que estamos bem classificados e a jogar um futebol atrativo, que é algo que também nos preocupa.
Até ao final da temporada, o que se pode esperar da equipa?
- Podemos esperar o Vitória de sempre, a jogar com muita garra e com muita disciplina. Somos uma equipa jovem e cometemos alguns erros por causa da nossa imaturidade, mas penso que ninguém nos pode acusar de falta de atitude. E é isso que prometemos: um Vitória a jogar com a garra do nosso treinador.
Para o futuro, o objetivo passa por chegar à equipa principal e agarrar um lugar no principal escalão do futebol português?
- Sim, claramente. É esse o meu objetivo e o objetivo de todos que estão na equipa B. Eu tive a felicidade de já ter estado na equipa principal, aliás, treino muitas vezes com a equipa A e espero agarrar a minha oportunidade quando ela chegar.