O extremo que os leões lançaram na equipa principal, esta temporada, já representou Cabo Verde num amigável, mas faltou ao último estágio dos tubarões azuis pois quer representar Portugal.
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O processo de naturalização de Jovane Cabral, que está a decorrer nas instâncias competentes há vários meses, deverá ficar concluído esta sexta-feira, dia 16 de novembro, caso a juíza que vai analisar o caso tome a respetiva decisão favorável ao pedido feito pelo extremo sportinguista.
Natural de Cabo Verde, onde viveu até em 2014 ser contratado pela formação do clube de Alvalade, Jovane deu entrada com a requisição de nacionalidade portuguesa por ascendência, já que o seu pai é português. Sendo de um país dos PALOP, o processo será eventualmente simplificado e mais célere, mas a verdade é que a assessoria jurídica do atleta esperava, neste caso, já ter resolvido a naturalização em setembro.
Jovane tem 20 anos e vive há quatro em Portugal, e só espera pela decisão favorável do Ministério da Justiça (em coordenação com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e com a Polícia Judiciária) para ficar disponível para representar a seleção de Portugal, como é seu desejo.
O extremo já representou uma vez, num desafio amigável, a seleção de Cabo Verde (entrou a cinco minutos do fim contra o Luxemburgo, em março de 2017), mas com um pedido especial à FIFA pode ainda vir a representar Portugal. Para tal, Jovane faltou mesmo à última convocatória dos tubarões azuis. Na mira do camisola 77 dos leões estão, numa primeira fase, as seleções lusas de sub-21 e de sub-20, sendo que esta irá disputar o campeonato do Mundo da categoria nos meses de maio e junho de 2019. Numa fase mais adiantada da carreira do extremo, entrar nas escolhas de Fernando Santos para a seleção principal é o objetivo.
Refira-se que após chamadas esporádicas aos trabalhos da equipa principal em anos anteriores (Jorge Jesus deu-lhe, por exemplo, 11" de jogo na Taça de Portugal contra o Oleiros, em 2017/18), a explosão de Jovane deu-se no arranque da presente temporada. O 77 integrou o estágio de pré-temporada às ordens de José Peseiro e foi lançado na equipa progressivamente. Até ao momento, soma 14 jogos (577"), nos quais apontou três golos e fez cinco assistências.
O bom início de temporada já lhe valeu a renovação contratual, ainda na gestão de Sousa Cintra: o novo vínculo expira em 2023 e o extremo está protegido por uma cláusula de rescisão de 60 milhões de euros.