Apenas Pedro Gonçalves participou diretamente em mais golos do que o extremo-esquerdo, que marcou ao Braga para a Supertaça e, para a liga, concretizou e assistiu com os arsenalistas
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A par de Pedro Gonçalves, Jovane Cabral tem sido um dos jogadores mais influentes do Sporting neste início de temporada. Com dois golos e uma assistência, participou diretamente em três tentos, apenas menos um do que Pote, a joia da coroa leonina.
E se Jovane está a ser recompensado pelo treinador com minutos de jogo, Nuno Santos tem sido o sacrificado, ainda sem qualquer presença esta época no onze titular leonino.
Para tentar perceber o que os leões ganham ou perdem com um ou com outro destes dois jogadores, O JOGO falou com o treinador Augusto Inácio. "O Nuno Santos é um transportador. Um jogador de ir à linha e cruzar. Já o Jovane dá outro tipo de soluções. Não é um jogador vertical, é mais de aparecer no espaço e de ir para cima", comenta o treinador que levou o Sporting ao título nacional na época de 1999/2000.
Inácio, no entanto, recusa-se a escolher um preferido: "Depende muito do que o treinador queira dele. E também do sistema de jogo. Mas este sistema que o Sporting utiliza agora [3-4-3] encaixa como uma luva nas suas características."
Inácio lamenta apenas um pormenor em relação ao extremo nascido em Cabo Verde há 23 anos: as lesões que o têm apoquentado. "O Jovane já andava a prometer há muito tempo, mas tem sido atrapalhado por algumas lesões. Esperemos que esta época consiga jogar assiduamente", expressou o treinador, convidado depois a comentar a situação contratual do avançado, com vínculo até junho de 2023. "Se eu neste momento fosse dirigente do Sporting, tentaria renovar com ele por mais duas épocas. Caso ele não renove, o Sporting, para o vender bem, tem que ser este ano. Para a próxima época, à entrada do último ano de contrato, já terá que o vender muito mais barato."
Aposta na seleção portuguesa
Nascido na cidade de Assomada (ilha de Santiago), Jovane tem sido insistentemente convidado pela federação do país natal a estrear-se em jogos oficiais pela seleção de Cabo Verde - o que inviabilizaria a sua convocatória por parte da seleção portuguesa.
Sabe O JOGO que essa é, no entanto, a vontade do jogador, que já tem dupla nacionalidade e se encontra disponível para representar Portugal a qualquer momento, caso Fernando Santos assim o entenda. Os lusos têm dois jogos oficiais e um particular já em setembro próximo.