José Mota: "Se eu sou central e largo sempre o homem para fazer golo, não está bem..."
Declarações de José Mota após o jogo Nacional-Farense (2-0), da quarta jornada da I Liga
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Sobre o jogo: “Podíamos construir e chegar à finalização, mas depois não conseguimos. Não adianta ter bola, jogar para trás e para o lado, e depois chega-se ao final e não há oportunidades de golo. Percebemos que o adversário, com menos posse de bola e muito menos jogo no último terço, conseguiu duas ou três oportunidades e fez golo. É preciso ter eficácia, agressividade e presença na área para conseguir as oportunidades de golo. Isso não aconteceu, mas não foi por falta de gente, porque as alterações foram no sentido de dar mais agressividade no último terço.
A defesa: "Preocupa-me também a forma como, em termos defensivos, sofremos os dois golos, que não podem acontecer. Em alta competição, um jogador [Daniel Penha] aparece sozinho a finalizar de cabeça, o que é algo impensável, no meio de três homens. O Nacional ganha bem, isso não está em causa. Quem faz dois golos, merece sempre ganhar. E nós temos muita coisa a evoluir e temos de ser uma equipa com muito mais humildade e capacidade de sofrimento."
Os erros: "Se eu sou central e largo sempre o homem para fazer golo, não está bem. Se eu sou ponta de lança e não apareço na zona de finalização, não está bem. Se nos momentos de agressividade não ganhamos os duelos, não está bem. Quando não se está bem, sabemos onde é que se deve pegar. Portanto, há que fazer com que as coisas comecem a resultar.
O mercado: "Já há muito que o mercado [de transferências} devia ter fechado. Sou a favor de fechar o mercado quando começa o campeonato. Todos os dias aparecem rumores e situações novas para elementos [jogadores], como eu tenho aqui, que, infelizmente, nunca tiveram grandes salários, mas têm as ilusões de todos os outros. E todos os dias são metralhados com notícias dessas".