Declarações de José Mota, treinador do Farense, após o nulo frente ao Estrela da Amadora, na ronda 14 do campeonato
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O empate: “Era um jogo que queríamos muito vencer, por vários aspetos. Queríamos dar uma alegria aos nossos adeptos, queríamos dar-lhes uma prenda, sempre desejada nesta altura de festa. E queríamos dar uma alegria ao nosso querido Elber [jovem adepto do Farense que sofre da doença de Gaucher e a quem foi oferecida uma bola autografada pelos jogadores antes da partida], pela coragem e o sentimento com que ele estava por ver os seus ídolos."
O jogo: "Penso que a equipa trabalhou bastante, muito, para conseguir os três pontos. […] Temos de ser o mais pragmáticos possível e olharmos que um ponto, não sendo o objetivo inicial, acaba por ser um objetivo [cumprido]. Começámos o jogo a querer vencer, a tentar vencer, a jogar mais sobre o meio-campo do adversário, com o adversário mais em bloco baixo, a tentar as transições. Com o desenrolar do jogo, nós percebemos que o jogo está difícil, um jogo muito de pares, com pouco espaço, e nós não podemos perder de forma alguma o discernimento, a compostura da equipa. Porque se perdemos isso, podemos perder tudo. E este foi um jogo assim, de uma equipa que se posicionou bem e que sempre que tinha a bola, tentou sair em transição. Nós, melhores, mas faltou-nos na zona de finalização gente para finalizar."
Equilíbrio: "Na segunda parte, começámos com evidente sinal mais, a tentar jogar pelos corredores, obrigámos o adversário a recuar muito para cima da sua área, tivemos uma situação de golo que podíamos ter finalizado – o guarda-redes também está lá para brilhar – e depois também tivemos os nossos momentos em que tivemos de saber sofrer. Foi um jogo equilibrado. Tenho de ser justo, e tenho de dizer que nós, se calhar, tentámos mais vezes chegar perto da baliza. Eu não vou dizer que merecíamos ter ganho o jogo, porque foi um jogo muito equilibrado. Agora que tentámos ganhar o jogo, isso tentámos, mas o adversário esteve sempre organizado. […] Queríamos mais, tentámos mais, mas o adversário também tem o mérito de nunca deixar que nós estivéssemos muitas vezes por cima no jogo."