José Mota entre champanhe e palavras: "Acrescenta no currículo e tive sempre o sonho"
Flash-interview de José Mota foi feita aos soluços, já que os festejos dos jogadores interromperam as declarações do treinador e regaram-no com champanhe
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Aves entrou nervoso: "Sim, muitas vezes não saímos como devíamos fazer, entrámos algo ansiosos, sabíamos que tínhamos mais qualidade individual, talvez esse período tenha sido o melhor momento do Caldas que, no entanto, não criou uma única oportunidade. O Caldas fez por tentar chegar à final, mas nas duas eliminatórias o Aves foi sempre mais esclarecido, teve mais oportunidades e mereceu. Neste tipo de confrontos, o fator motivação é sempre importante, o estádio do Caldas estava cheio e os jogadores galvanizaram-se. Na segunda parte, fomos tendo outra capacidade."
Diferença física: "As equipas da I Liga têm outra capacidade para aguentarem 120 minutos, o prolongamento pesou no Caldas e o golo surgiu num autogolo no único lance em que se aproximaram da nossa baliza. O Quim foi um mero espetador. Ainda assim, dou mérito ao Caldas por ter chegado aqui. Os meus parabéns ao Caldas."
Adeptos: "Os adeptos merecem, o clube também. O Aves é um clube de primeira e com esta paixão dos adeptos de uma freguesia consegue ultrapassar muitos concelhos e muitos clubes. Tenho que realçar a virtude da Vila das Aves que consegue ter um clube na I Liga. Foram extraordinários no apoio."
Significado pessoal: "Significa muito, acrescenta no currículo e tive sempre o sonho de chegar à final. É um jogo que marca uma carreira. Para mim marca-me profundamente a presença nesta final."