José Mendes, presidente do Covilhã, clube que está em vias de ser repescado para ocupar a vaga do Leiria na II Liga, denunciou a existência de salários em atraso em clubes que apresentaram candidaturas à nova época e condenou o silêncio do presidente do Sindicato dos Jogadores.
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O presidente do Covilhã, clube que ocupará a vaga deixada pelo Leiria na II Liga, denunciou a existência de "mais Leirias" no segundo escalão profissional. "Fala-se tanto em alargamentos e em verdade desportiva, mas acho que a verdade desportiva começa logo no pagamento dos salários aos atletas", declarou José Mendes, à entrada para a Assembleia Geral Extraordinária da Liga, que decorre, esta tarde, no Porto.
Numa alusão às candidaturas à nova época, que se encontram em fase de apreciação e pressupõem, entre outros requisitos, a ausência de dívidas a jogadores, o presidente do Covilhã lança o alerta para os acordos feitos entre equipas e jogadores. "Há clubes que fizeram acordos e os jogadores não receberam a totalidade do dinheiro. E os papéis aparecem cá", acusou: "Não andamos aqui para fazer acordos, andamos aqui para pagar", afirmou José Mendes, para quem "os jogadores deviam ser investigados".
O silencio de Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores, também mereceu críticas ao presidente do Covilhã. "O senhor presidente do Sindicato dos Jogadores, no mês de maio, fugiu. Parece que houve um milagre e os salários foram todos pagos. Até 30 de abril, era o flagelo dos salários em atraso. Não há vencimentos em atraso, em maio? O presidente onde é que anda? Ou é só para aparecer quando lhe dá jeito? Esta é a verdade nua e crua", concluiu.
O Covilhã, recorde-se, foi despromovido ao terceiro escalão nacional, na última jornada da Liga Orangina mas será repescado para ocupar a vaga deixada pelo Leiria.