Liga Revelação arranca esta quarta-feira e José Couceiro, Diretor Técnico Nacional, destaca, a O JOGO, o sucesso da competição.
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1 A Liga Revelação vai para a sua quarta edição. É já quase como uma marca registada no futebol português?
-Sem dúvida. A Liga Revelação tem cumprido em absoluto os propósitos para que foi criada: um espaço de afirmação e desenvolvimento do jovem jogador. Sempre identificámos a necessidade de ir ao encontro das pretensões dos atletas, que saindo do escalão júnior reclamavam um patamar de competição onde pudessem continuar o seu processo de crescimento. Essa evolução tinha de ser feita num espaço de maior exigência, que fosse uma realidade desportiva e competitiva mais próxima daquilo que teriam de enfrentar como profissionais de futebol. Esse espaço foi criado e o sucesso está à vista, com o aproveitamento que tem sido feito dos jogadores que têm competido na Liga Revelação.
2 Desportivo das Aves e Estoril são os dois campeões da prova e, em ambos os casos, uma parte dos jogadores dessas equipas vieram a estrear-se nos escalões profissionais. Este resumo acaba por ser um dos principais propósitos da prova, quando foi criada?
-Exatamente. Aliás, basta verificar a percentagem de jogadores que passaram pelo escalão de sub-23 e que estão inscritos na Liga Bwin. Esta é uma forma de avaliar os objetivos a que nos propusemos. Não foi apenas o Estoril e o Aves que aproveitaram o espaço da Liga Revelação para dar seguimento à evolução dos seus jogadores. Difícil hoje em dia, diria até que será um exercício impossível, não encontrar nos plantéis dos clubes jogadores que passaram pela Liga Revelação. Desde a primeira edição que a oferta de sub-23 aos plantéis principais foi uma realidade.
3 O que se pode esperar da edição 2021/22 e que vantagens trazem o aparecimento de novas equipas como Vizela e Farense?
-Esperamos como sempre uma competição animada, equilibrada e imprevisível do ponto de vista desportivo, como aconteceu nas épocas anteriores, mas acima de tudo o que pretendemos é a continuidade do processo de crescimento e de potenciação de jogadores árbitros e treinadores. As estreias de Vizela e Farense alargam o espaço de oportunidades a outros jovens e a outros agentes. As equipas de sub-23 são projetos que fazem todo o sentido na nossa realidade. Até em circunstâncias excecionais como são as que temos vivido por causa da pandemia, a Liga Revelação tornou-se essencial para manter em atividade jogadores dos escalões de formação que de outra forma não teriam espaço competitivo para evoluírem.