Chelsea prometeu cobrir a cláusula mas recuo deixou à beira do colapso o negócio que o agente tenta manter vivo.
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Quando todos os indicadores apontavam para a conclusão da transferência de Enzo Fernández para o Chelsea, o processo teve um volte-face que deixou as negociações num impasse, ou até à beira do colapso, tal o extremar de posições entre as partes. Porém, e segundo O JOGO apurou, o negócio ainda está vivo, muito à custa da intervenção do empresário Jorge Mendes, intermediário neste dossiê, que continua em Londres a tentar aproximar posições que permitam "salvar" a saída do médio argentino.
Empresário continua em Londres a tentar acertar agulhas com os responsáveis dos blues para que tudo bata certo com a intransigência de Rui Costa. O líder das águias não baixa dos 120 milhões.
Mendes já tinha estado em reunião durante a madrugada de ontem com os responsáveis do Chelsea para discutir os valores a apresentar na proposta oficial e escrita aos encarnados, mas durante o dia de ontem tudo mudou. Afinal, a proposta que havia sido verbalizada pelos blues antes do Natal, que prometia cobrir a cláusula de rescisão de 120 milhões inscrita no contrato do campeão do mundo, chegou com muitos milhões a menos.
Na prática, o Chelsea terá recuado nas suas intenções e não surpreende que, segundo noticiou o jornalista italiano Fabrizio Romano, os ingleses oferecessem de entrada apenas 85 milhões de euros, depois de já terem demonstrado disponibilidade para pagar 127 milhões, como noticiámos. Esta marcha-atrás deixou Rui Costa indignado, mas não afetou a sua decisão anterior, que se mantém cimentada. O Benfica não abdica de receber os 120 milhões de euros, sem descontos, algo que só não colocou um ponto final no processo porque Jorge Mendes prossegue em Londres a tentar montar o negócio.
Opção: se não chegarem sinais positivos de Londres, médio poderá defrontar o Portimonense na sexta-feira
No meio disto tudo continua Enzo Fernández, que já disse ao treinador das águias querer sair para o Chelsea, depois de faltar a treinos e ter chegado a um acordo verbal com os blues para um contrato que lhe permitirá auferir oito milhões de euros líquidos por temporada, contra os cerca de 1,5 que ganha na Luz.
O médio, que na quarta-feira até chegou ao treino com um dos seus empresários (Matias Toranzo) a seu lado, já não tinha sequer nos seus planos voltar a jogar pelo Benfica, mas tudo pode mudar esta quinta-feira. Não surgindo sinais positivos de Londres, Roger Schmidt pode decidir chamar o camisola 13 para a receção ao Portimonense e mantê-lo nas contas para os jogos seguintes, com o Varzim, para a Taça de Portugal, e frente ao... Sporting.
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Técnico dos blues admite dificuldades
Confrontado com o interesse do Chelsea em Enzo Fernández, assim como em outros jogadores, como Mudryk, do Shakhtar Donetsk, Graham Potter, técnico dos blues, jogou à defesa.
"O problema é que, se eu responder de forma específica sobre um rumor, todos os jogadores dessa posição serão apontados ao Chelsea. Por isso, desvio-me desse assunto e espero que compreendam o porquê", atirou, admitindo dificuldades em garantir reforços neste mercado.
"Tentamos melhorar a equipa sempre que há possibilidade, mas janeiro é um período complicado porque estamos a meio da época e temos de lidar com todo o ruído em torno do clube e todos os jogadores que apontam ao Chelsea."
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