Advogado do treinador garante que nenhuma proposta lhe chegou às mãos... ainda
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Com dois clássicos com o FC Porto à porta, o futuro de Jorge Jesus pode conhecer desenvolvimentos, sobretudo se os resultados no Dragão não forem positivos como é desejado pela cúpula diretiva dos encarnados e pelo treinador. À espreita continua o Flamengo, com dois dirigentes a continuarem em Lisboa em processo de escolha do futuro timoneiro do mengão, mas O JOGO sabe que nada será discutido até dia 30, data da segunda visita ao Dragão, em jogo da Liga Bwin, estando o primeiro, dos oitavos de final da Taça de Portugal, agendado para esta quinta-feira.
Há vários dias em Lisboa e já depois de terem revelado publicamente a expectativa de se encontrarem com Jorge Jesus para beber um café, o vice-presidente Marcos Braz e o diretor executivo Bruno Spindel continuam a ter em agenda uma reunião com o treinador do Benfica, embora procurem agora aliviar a pressão. "Não vou ficar aqui a torcer para o Benfica perder o jogo. Jorge Jesus será sempre uma opção mas ele agora está com contrato. Isso não é problema pois quando Luís Filipe Vieira foi ao Brasil ele tinha contrato. Ele é opção desde que esteja aberto a isso. Em nenhum momento o encontrei ou falei com ele, em respeito ao Benfica, pelos jogos que tem, e em respeito pelo Jorge Jesus", referiu Marcos Braz à SIC Notícias.
Porém, os comentários do advogado de Jorge Jesus à CNN Portugal pouco depois não deixaram margem para dúvidas sobre os timings e as expectativas dos dirigentes brasileiros. "Provavelmente, e apesar de ser uma pessoa com uma ética a toda a prova, Marcos Braz só mentiu uma vez, quando disse que não está a torcer para que o Benfica perca", afirmou Luís Miguel Henrique, confirmando que "é vontade do Flamengo em contratar o Jorge", colocando um obstáculo do tamanho do... Dragão ao "vice" do clube carioca. "Se acha que até ao dia 30 pode contratar, bem pode prolongar a viagem e a estadia porque não é assim que as coisas vão acontecer".
Luís Miguel Henrique, que trabalha com Jorge Jesus "há mais de 20 anos", assegura que ao dia de hoje, o treinador "não tem nada em mãos" do Flamengo, até pelo facto de não ter ainda existido esse encontro formal entre as partes. "O Jorge não tem intenção alguma de renegar qualquer tipo de amizade, mas terá percebido a importância simbólica que esse encontro poderá ter e os problemas que poderão daí ocorrer", explicou o advogado, não fechando qualquer porta.
Porém, e questionado sobre o momento que Jorge Jesus atravessa no Benfica, onde tem sido alvo de alguma contestação por parte dos adeptos encarnados, sobretudo após a derrota com o Sporting, Luís Miguel Henrique apontou o dedo à liderança encarnada pela forma como o treinador foi defendido publicamente após o dérbi. "Não era Jaime Antunes que deveria ter feito aquilo, achei estranho até pelas críticas que este fez a Jesus no passado, não era assim que deveria ter sido feito. Seria Rui Costa ou ninguém", disparou o advogado, destacando que o técnico "gosta de trabalhar onde o querem".