Poupanças na Taça, frente ao Estrela, apontam para o regresso da artilharia no Dragão.
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O Benfica realizou 25 jogos nesta época e no embate com o segundo classificado, com os mesmos 31 pontos, e estando sob pressão por ter o Sporting na frente com quatro de avanço, pode entrar no Dragão com um onze inicial inédito em jogos de caráter oficial. A avaliar pelos indicadores inerentes à rotação que Jorge Jesus operou na Taça de Portugal, na vitória folgada sobre o Estrela, todo o onze utilizado na Amadora dará lugar a um novo escalonamento, uma intenção que o técnico disse à Imprensa, querendo poupar no segundo duelo do ciclo de jogos Tondela-Estrela-FC Porto.
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Ainda que o treino desta quinta-feira para afinar a tática e os preparativos do dia do jogo (sexta-feira) possam obrigar a alguma alteração, o plano de Jesus é manter o 4x4x2 e apostar em Vlachodimos na baliza, atrás dos defesas Gilberto, Otamendi, Vertonghen e Grimaldo. No meio-campo, Weigl e Pizzi, com Rafa e Everton nos corredores e Waldschmidt ao lado de Darwin na frente.
Gilberto ganhou o posto à direita, como Jesus assinalou após o empate frente ao Santa Clara. Numa defesa que tanto mudou ao início, o Benfica ganhou depois rodagem: Gilberto, Otamendi, Vertonghen e Grimaldo têm oito jogos juntos.
Rafa e Everton têm sido indiscutíveis nas alas, mas no meio-campo mora uma novidade: Pizzi, que teve covid-19 e falhou a Supertaça conquistada pelos dragões, está assegurado no onze, tendo já entrado nos Açores e depois atuado como titular diante do Tondela. A perspetiva é que substitua Taarabt, que tem ouvido correções de JJ para ser mais lesto a passar. Sem Gabriel na melhor condição, Weigl será o pêndulo. Porém, também aqui há uma curiosidade: será apenas o terceiro jogo que Weigl e Pizzi realizam juntos de início, após as últimas vitórias fora e em casa no campeonato - e sem golos sofridos (Gil Vicente e Tondela, por 2-0).
Rotação total na Taça de Portugal, ante o Estrela, encaminha o regresso do quarteto defensivo habitual, ficando Pizzi e Weigl no meio-campo e Waldschmidt com Darwin na frente
Darwin é o homem do ataque à profundidade e com ele deve estar Waldschmidt, como acima referido. A dupla soma 14 encontros no onze efetivo, nove deles na Liga. O alemão ficou quatro vezes no banco na prova, só uma a jogar fora (Barcelos), logo não é por ser longe da Luz que Jesus abdica do 4x4x2. Apesar de o treinador do Benfica apertar com Waldschmidt para se posicionar melhor a defender, acredita que a capacidade deste de ligar o ataque e o meio-campo dá soluções ofensivas. Até aqui, colocar Pizzi ou Taarabt como segundo avançado não tem sido prática comum.