"Jorge Costa estava há muito tempo longe do FC Porto. Merece estar onde está"
Aloísio, lendário central, vê dragões em “fase de transição”, mas vinca crença num desfecho feliz no campeonato, em maio
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De classe desarmante, Aloísio encantou durante 11 épocas no FC Porto, fechando a travessia no clube com 474 jogos e sete campeonatos conquistados. No alto de um gabarito intocável, o brasileiro, hoje com 61 anos, perdura como figura eterna no universo portista, trabalhando também como adjunto na era Mourinho. Longe de Portugal há vários anos, o antigo central vive atentamente o que faz o FC Porto. Conhecedor do temperamento dos adeptos, compreende a exigência interna que se abate em períodos mais críticos, mas também a fase de transição que os dragões atravessam.
“Vestir a camisola do FC Porto nunca é fácil, tem um peso enorme. É preciso muita personalidade para vestir esse manto. Os adeptos cobram sempre a vitória. Os últimos resultados e as eliminações das taças mexeram bastante. Ficou o clima de dúvida sobre se a equipa é boa o suficiente e se o clube ganhará algo”, analisa Aloísio em O JOGO, pedindo maior gestão de expectativas. “A impaciência é normal no futebol, acumula-se, mas nem sempre se vai jogar bem e vai ganhar. Mas tem de se ganhar muito mais do que se perde! O caráter vencedor é chave. Mas também é preciso ter em conta que o clube atravessa um período novo por conta de várias mudanças”, declara.