Jóquer Jovane iguala Slimani: desde 2013/14 que não se via algo assim no Sporting
Marcou seis dos oito golos da época a sair do banco. Desde o argelino que um suplente não marcava tanto.
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Jovane Cabral foi a figura de mais uma vitória "sofrida" do Sporting na Liga NOS, obtida de novo no final da partida, e graças à entrada revolucionária do avançado.
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Além de mexer com a equipa e o jogo, o avançado arrancou uma expulsão ao adversário, fator decisivo, e após fazer a assistência para o primeiro golo, sentenciou o mesmo ao apontar o segundo de penálti (que também ele ganhou). Com o este golo, já vão seis festejos em 2020/21 a saltar do banco, um feito pela última vez protagonizado nos verdes e brancos por Islam Slimani, na já distante temporada 2013/14.
Numa época agridoce para o extremo, que perdeu a titularidade ganha no final da temporada anterior fruto de um cúmulo de lesões musculares, os golos têm sido um grito de revolta para Jovane. E a eficácia tem sido a sua melhor arma, pois, no total, o luso cabo-verdiano soma apenas 751' (em 24 partidas, das quais apenas oito foram na condição de titular), mas já faturou por oito vezes, o que perfaz um golo a cada 93,8 minutos em campo.
Dos oito golos, seis foram como jóquer, a sair do banco. Slimani, em 2013/14, ficou-se nos seis como suplente, apontando mais quatro, mas em 30 jogos (18 a sair do banco) e 1329'.
O avançado acabou a última temporada em grande, mas as lesões atiraram-no para o banco em 2020/21. No entanto, mostra apetência e capacidade de mexer com o jogo nessa condição
Para encontrar um jogador que, com a camisola leonina, tenha superado essa marca é preciso recuar até 1996/97, quando o "mal-amado" Paulo Alves chegou aos oito golos como suplente. Nessa temporada, o avançado, antigo internacional português, era o habitual suplente de Sá Pinto e Iordanov, mas, curiosamente, até com o estatuto de jóquer conseguiu terminar como o melhor marcador da equipa com 10 golos, num total de 25 jogos (17 a suplente) e 1030'.
As condicionantes antes mencionadas na atual temporada de Jovane travaram o seu crescimento e afirmação e, como tal, roubaram-lhe a esperança de chegar a curto prazo à Seleção Nacional, uma das suas metas quando há mais de dois anos se naturalizou português. A eficácia e o efeito revolucionário quando entra são cartas a favor, mas dificilmente serão suficientes para entrar nas contas de Fernando Santos.
É que não é só esta temporada que Jovane faz a diferença quando é lançado no decorrer dos jogos. Ao longo da sua carreira profissional, sempre com a camisola verde e branca, Jovane já atirou a contar em 18 ocasiões, sendo que 11 desses tiros certeiros foram como suplente utilizado. E nos penáltis, o acerto é total: cinco em cinco.