Jonas e o jogo em que mais receio teve de perder pontos... com o FC Porto à perna
Ex-avançado do Benfica recorda a receção ao Portimonense, há um ano e o papel que teve em campo.
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Há um ano, Jonas apontou o golo 300 da carreira. Foi frente ao Portimonense e acabou por ser o último tiro certeiro do Pistolas. A O JOGO, o antigo avançado lembra esse encontro, que os encarnados começaram a perder, mas deram a volta e venceram por 5-1. Faltavam duas jornadas para o fim e o FC Porto estava a dois pontos.
"Lembro-me como se fosse hoje. Foi o jogo em que fiquei com mais medo de perdermos pontos. Não estávamos bem na primeira parte. E eu sempre imaginava entrar com o resultado já definido, era mais fácil, face às minhas condições. Tinha isso combinado com o Bruno Lage e esse jogo foi diferente, a pressão foi muito maior, estávamos a perder, eu entrei e o Rafa faz dois golos. Foi um alívio do tamanho do mundo", diz.
Conhecedor das suas limitações, o segundo melhor marcador estrangeiro da história das águias é sincero. "Torcia para que o Benfica não dependesse muito de mim, mas ainda deu para fazer um golo. Um cruzamento do André Almeida, que acho que foi o jogador que mais deu assistências no Benfica. Não imaginávamos que seria o meu último golo, mas foi marcante", refere.
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Em desvantagem na segunda parte, Jonas assume sem rodeios que havia ansiedade. "A equipa estava muito nervosa para conseguir o resultado nos primeiros minutos e foi ao contrário, o que deixou a equipa intranquila. Quando houve o golo do Portimonense, houve silêncio na Luz e preocupação. Quando o Bruno me chamou, eu senti que fisicamente não era jogador de pegar na bola, mas podia ser importante pela minha liderança. O Bruno conduzia bem fora do relvado e dentro era preciso jogadores mais experientes e tive esse papel. Puxei pelos mais jovens", recorda.
"O que nos deixava tranquilos era a forma como Bruno Lage trabalhava connosco, ele preparava muito bem os jogos, identificava os pontos positivos e negativos. Durante o jogo vemos que a equipa não está bem, mas o que me chamou à atenção, foi que ele colocou muitos jovens e não sabiam lidar com o momento, nunca tinham sido campeões. Havia o Rúben, Ferro, o Florentino no meio-campo e o João Félix na frente. Todos eles foram fundamentais no título, mas era natural que naquela fase final do campeonato viesse euforia de fora para dentro e acabasse atrapalhando em alguns momentos do jogo", diz.