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Amado por uns, odiado por outros e controverso quanto baste em campo (os portistas lembram-se bem, por exemplo, do dia em que fez peito a Nuno, em 2016/17), é indiscutível que Jonas marcou uma era no futebol português. Nos últimos anos, não houve avançado com tanta importância numa equipa grande como o brasileiro no Benfica.
Os números ao lado são apenas uma parte da lista que podíamos recolher. Optámos por restringir a pesquisa aos clubes grandes e aos avançados que foram titulares em Benfica, FC Porto e Sporting nas últimas três temporadas. Dos vários itens à disposição, filtrámos aqueles que, de forma mais ou menos consensual, são mais importantes para um avançado. A grandeza como futebolista que Jonas foi está expressa na maioria deles. Só mesmo nos duelos aéreos e na eficácia é que o benfiquista não ocupa o top três, registos em que Bas Dost abafa completamente.
O fim da carreira de Jonas leva consigo muitas coisas que Seferovic não tem e qualquer outro substituto terá dificuldade em encontrar, como a facilidade de remate, uma média de golos por jogo na I Liga superior a um em cada 90 minutos, uma assistência para golo a cada quatro desafios e mais umas quantas para remates que acabavam por não resultar em nada, além da excelência de ações que o total de ações bem sucedidas por jogo resume: 57%, como nenhum outro o consegue, atualmente, em Portugal. Esta é a dimensão real da influência de Jonas na I Liga. Boa notícia, talvez, só para FC Porto e Sporting.