O campeonato vai recomeçar no período habitual das férias, mas só três portistas não sabem o que é competir nessa altura do ano.
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Manafá, Fábio Silva e Loum são os únicos jogadores do plantel do FC Porto que não sabem o que é fazer qualquer partida oficial nos meses de junho e julho, aqueles em que o Campeonato e a Taça de Portugal vão ser disputados, depois do adiamento provocado pela pandemia da covid-19.
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Os outros 23 elementos à disposição de Sérgio Conceição já jogaram nem que fosse apenas uma vez nos meses em causa e há alguns que não vão estranhar de todo ter de jogar nos meses de mais calor [ver infografias]. Nakajima, por exemplo, está habituado a fazê-lo todos os anos desde 2013 porque o campeonato japonês abrange esse período, e no ano passado - pouco antes de se tornar jogador do FC Porto - esteve na Copa América, em que a seleção nipónica foi uma das convidadas. Pepe, à custa dos compromissos da Seleção Nacional, também não pára nesta fase desde 2016 e mesmo antes disso também se fartou de jogar. Marchesín, Corona e Danilo são outros que já fizeram mais de vinte jogos oficiais nestes meses.
Os portistas estão, por isso, formatados para jogar ao mais alto nível no verão. Dificilmente isso terá algum peso na decisão dos jogos que aí vêm, mas o FC Porto, neste caso, tem mais experiência do que o Benfica, onde seis jogadores (Zlobin, Svilar, Jardel, Chiquinho, Taarabt e Carlos Vinícius) nunca competiram nestes dois meses. E muitos outros têm menos de cinco jogos disputados ao longo das suas carreiras (caso de Pizzi, Grimaldo ou Rúben Dias). Nos dragões, enquadram-se neste lote Mbaye, Diogo Leite, Otávio, Aboubakar e Marega. Ou seja, entre os que nunca jogaram e os que jogaram pouco, há apenas dois habituais titulares.
O campeonato e a final da Taça de Portugal vão ser disputados na altura em que habitualmente os jogadores estão de férias ou ao serviço das seleções
A adaptação aos treinos e a competições nos meses mais quentes do ano não será, por isso, um problema. No fundo, o campeonato vai recomeçar, ao que tudo indica, a 4 de junho, numa altura em que, normalmente, estão a arrancar as férias para a grande maioria dos jogadores. Exceto os internacionais com provas para disputar (como seria o caso do Europeu ou da Copa América, entretanto adiados para 2021) ou os atletas que atuam em campeonatos noutros continentes, nomeadamente o brasileiro, cujo calendário preenche parte de junho e julho.
A covid-19 veio deixar tudo de pernas para o ar e a reta final da época em Portugal vai ser disputada pela primeira vez nos meses guardados para as provas internacionais e para os habituais estágios de preparação das novas épocas. Esse período e o de descanso dos jogadores vai ser adiado para fim de julho/princípio de agosto e terá de ser mais curto.