"Jogar no FC Porto é muito mais do que ir treinar ou jogar e a seguir desligar a ficha"
Em declarações a O JOGO, Eustáquio sobe a fasquia para a próxima época, a partir de aspetos que importa levar de 2022/23. Médio vinca a obrigatoriedade de estar sempre nos limites, consciente de que a exigência de representar o FC Porto não se cinge aos treinos e jogos. Mira já está na conquista da Supertaça, contra o Benfica.
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Com a frontalidade habitual, Stephen Eustáquio eleva a fasquia a nível coletivo e individual para a próxima época. O ponto de partida está em algumas lições de 2022/23 a que o FC Porto deve atentar.
"A margem de erro é pouca e qualquer detalhe pode fazer a diferença. Isso vai obrigar-nos a estar no máximo constantemente e, com maior ou menos dificuldade, ganhar todos os jogos, porque é esse o nosso objetivo, em Portugal e nas competições europeias", afirma o médio em exclusivo a O JOGO, já com a Supertaça, contra o Benfica, na mira.
"A vitória no Jamor possibilitou-nos estar numa final no começo da época e vamos fazer tudo para começar com mais um título", promete. No plano pessoal, Eustáquio atingiu "um número recorde", com sete golos e seis assistências, e a "meta é superar estes registos no próximo ano", depois de "uma época boa, de forma geral".
"Tive uma quebra após a lesão na final da Taça da Liga. Mas, mesmo depois disso, consegui voltar a estar bem para terminar o campeonato e ajudar a equipa a ganhar a Taça de Portugal", analisa o internacional canadiano.
Ao fim de um ano e meio de azul e branco, há aspetos do clube já bem vincados na mentalidade de Stephen. "Ser jogador do FC Porto é muito mais do que simplesmente ir treinar ou jogar e a seguir desligar a ficha. Temos de estar constantemente ligados, com um compromisso enorme e sempre com a maior motivação para competir no máximo, nada menos que isso. A nossa postura fora do campo tem a mesma importância que a nossa postura dentro do campo. Porto é família e pela família damos a vida", vinca Eustáquio, para quem ganhar "é viciante, mas custa muito".
"Em todos os momentos, treino, estágio, casa ou até nas férias, há que ter sempre consciência que todas as ações contam. Em vários momentos da época há momentos chave, seja com golos marcados, penáltis defendidos... e essas ações que demoram segundo e meio a serem executadas em jogo, levam várias semanas de trabalho no Olival. Não se deixa nada por fazer, nunca", reforça Eustáquio, que valorizou "a conquista de três taças e o percurso na Champions".
"Depois de duas derrotas, passámos em primeiro com quatro vitórias consecutivas, algo que na história da Champions penso que só fora feito uma vez", realça.