Promessas da Venezuela vieram para Portugal e agora reclamam 18 mil euros

Cerveira acusado de não cumprir acordo
EPA
Presidente do clube do Campeonato de Portugal responde às acusações.
Dois jogadores venezuelanos, com contrato profissional, reclamam ao Cerveira o pagamento de todos os salários desta época, num total de 9 mil euros a cada um. Os atletas alegam que têm sido ajudados pela empresa que os representa. A situação foi já participada às entidades competentes, Sindicato dos Jogadores e Federação Portuguesa de Futebol, e poderá avançar para tribunal caso não se resolva nos próximos dias.
Contactado por O JOGO, António Fernandes, presidente do Cerveira, defende-se, relatando que lhes foi proposto pelo empresário dos atletas, Luís Alves, "que os dois jogadores pudessem representar o clube a troco de alimentação e alojamento, ficando o agente com a responsabilidade de pagar os ordenados". O acordo terá sido assinado a 15 de julho de 2019. Mesmo assim, o dirigente disse procurar alcançar um entendimento, a fim de poder inscrever o clube no Campeonato de Portugal.
Em declarações a O JOGO, o empresário Luís Alves refuta as acusações do presidente do Cerveira. "Uma coisa é o contrato profissional, registado na FPF, outra é o protocolo entre a empresa e o clube, em que a base de cálculo eram os custos do Cerveira com esses atletas. A empresa depositou mais de 16 mil euros, cumprindo religiosamente o que estava acordado, independentemente de o clube não ter enviado qualquer fatura, mais os valores que os jogadores deveriam estar a receber, porque nunca os abandonei", assegura, dizendo ter provas documentais das suas declarações.
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O empresário afirma que os dois atletas em causa "foram campeões de sub-20 pela Venezuela em 2018" e que o clube não cumpriu igualmente com a parte da sua promoção desportiva. "A única forma de os promover é dando minutos, independentemente de serem titulares ou não", aponta.
Os advogados das duas partes estão a tentar um acordo, na tentativa de evitar recursos a tribunais.
