O capitão Luís Ferraz lamenta não poder contar com o bairrismo das suas gentes e aponta à surpresa no jogo com o Moreirense
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A terceira eliminatória da Taça de Portugal reaviva um dérbi do distrito de Braga. O Merelinense recebe o Moreirense, com cerca de meia hora de viagem a separá-los. "É um dérbi, mas não há rivalidade. Apesar de sermos vizinhos... Como há muitos clubes, relativamente perto, nos que são mesmo encostados é que há muita rivalidade", relativiza Luís Feraz, capitão da equipa do Campeonato de Portugal.
Apesar do jogo "especial", a preparação acontece "da mesma maneira", mas, no subconsciente dos jogadores... "Andamos com vontade de jogar, criar uma surpresa e poder ficar na história do clube", assume o médio ofensivo, de 33 anos.
O momento é de satisfação, por receber um emblema da I Liga, mas a alegria não está completa. "Estamos a viver um momento que tira um pouco alegria ao jogo, pela impossibilidade de termos público. Na comunidade, se não fosse a pandemia, se fosse noutro tempo, teríamos mais contacto com os nossos adeptos, que são muito bairristas", lamenta. Quanto ao jogo em si, Luís mostra ambição.
"Não há equipas sem lacunas. Sabemos que o Moreirense está noutro nível e temos de estar num dia muito bom. São jogos de motivação maior para quem é de escalão superior", avisa o capitão da equipa que treina ao final da tarde e em que a maioria tem outras atividades para lá do futebol. Sobre se há algum jogador do rival que aprecie... "Se calhar apreciam mais ele a mim do que eu a eles", brinca, antes de apontar a enorme qualidade e margem de progressão de Filipe Soares.