Declarações do médio João Simões em entrevista à Sport TV
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Sobre o bicampeonato: “É um sentimento inexplicável, um sonho, tudo o que vivemos, sermos campeões pelo clube do coração onde fizemos e estamos a acabar a nossa formação, não há palavras, só quem lá está consegue entender.”
Sobre a aposta na formação: “O Sporting sempre foi um clube que colocou jogadores da formação no topo, a jogar por grandes clubes, esta época é um reflexo disso. A equipa B, muito jovem, subiu à segunda liga, é um reflexo da qualidade do trabalho do Sporting na formação.”
Importância da educação: “É muito importante, os meus pais sempre me incutiram isso. Quando vim para Lisboa muito novo, o pessoal da academia incutiu isso. Correu bem na escola, e, por isso, também está a correr bem no futebol.”
Quem é o mais chato do plantel? “O Nuno Santos, também estava no departamento médico, às vezes é ele que me dá umas duras, mas eu sei que é para ajudar. O Quaresma mete-se connosco para nos ajudar, é bom.”
Como geriu a lesão? “As lesões são normais no desporto, nós, como atletas, estamos sempre expostos a isso. Recebi muita ajuda do grupo, os mais velhos foram importantes nisso, quem trabalha na academia também ajuda muito. A dra. Aida foi a nossa mãe, a minha família foi importante no pós-operatório, vieram para cá durante duas semanas para ajudar na recuperação.”
Sobre o Europeu sub-21: “A Seleção é um sonho para toda a gente. É o nosso país, estamos a representar o clube, os nossos colegas de equipa, os nossos familiares. Quando corre bem no clube, os jogadores são expostos a um nível mais alto."
Momento-chave para o Sporting ser campeão: “Foi algo inexplicável, ver a quantidade de gente que apoia o nosso clube, que está connosco no clube. Este ano conseguimos estar na equipa A, eu, o Quenda, o Eduardo Felicíssimo, o pessoal da formação. Foi muito bom, não há mesmo palavras, um orgulho imenso, uma felicidade.”
São exemplos para os mais novos? “Somos exemplos, mas tento reforçar aos mais novos que cada um tem o seu processo, tenham calma. Olham para o Quenda e para mim, que chegámos muito rápido, mas não é sempre assim, às vezes temos de dar um passo atrás para dar dois à frente.”
Sobre Rúben Amorim: “Cheguei à equipa A, infelizmente, por lesões, mas ele sempre nos transmitiu muita confiança, assim como João Pereira e Rui Borges. Claro que ficámos muito tristes, foram anos de processos juntos, com um grupo muito coeso. Tivemos de seguir em frente.”
Sobre João Pereira: “Infelizmente não conseguimos resultados tão bons como estávamos a ter antes, mas é o futebol, não deixou de ser muito importante pelo processo que fez connosco e para os títulos, desejamos-lhe muita sorte, e agradecemos.”
Sobre estreia na Liga dos Campeões: “Estreei-me contra o Arsenal, mesmo sendo uma derrota (5-1) foi um jogo inesquecível, pelo ambiente no estádio, mesmo a perder, com os nossos adeptos a apoiarem-nos muito. Ouvimos o hino que ouvíamos na TV, não há mesmo palavras, foi um sonho concretizado.”
Sobre Gyokeres e possível saída: “É muito bom para nós porque, se ele está bem, sabemos que temos de ir com ele. Se ele está bem, nós vamos com ele. Não sabemos de nada, mas, quando chegar a altura [da possível saída], vamos pensar nisso. Se sair, vamos ficar tristes, obviamente, porque é um colega que nos ajuda muito, mas o futebol é assim, temos de ser profissionais, e respeitar a decisão de um profissional.”
Sobre Hjulmand: “Basta olhar para ele em campo, vai a todas as bolas. É um exemplo para todos nós, chegou ao Sporting e, em dois anos, tornou-se capitão e uma referência para o clube. Mostra muito do que é como jogador.”
Expectativas para a final da Taça de Portugal: “Mais um jogo difícil, sabemos das dificuldades que o Benfica nos coloca, são uma equipa grande como nós, é sempre 50/50, claro que queremos ganhar, mas sabemos das dificuldades que vamos enfrentar.”
Sobre férias: “Já tive muitas férias, quero é ir para dentro do campo, voltar a treinar e a jogar.”
Melhor momento da carreira: “Foi o meu primeiro golo pelo Sporting, em Alvalade, contra o Nacional da Madeira.”
Sobre quem é melhor jogador da atualidade: “Vitinha”.
Sobre quem é o melhor treinador: “Rui Borges. Pegou no nosso grupo, com todas as dificuldades que tivemos com lesões, e conseguiu dar a volta, a forma como comunica connosco foi muito importante.”
Jogador que faz mais maldades / é o mais chato? “O mais chato é o Harder, não pára quieto um segundo.”
Uma inspiração? “Morten [Hjulmand].”
Se pudesse tomar o lugar de Frederico Varandas por um dia, o que fazia? “Deixava como está, está perfeito.”