João Rafael Koehler: "Como é que fez um grande investimento só com 8000 euros na conta?"
Declarações de João Rafael Koehler, candidato a vice-presidente na lista de Pinto da Costa às eleições de abril, que teceu várias críticas à AG deste sábado e ao comportamento da direção de Villas-Boas. A começar pela escolha do treinador.
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Sobre a AG: "Para além da desorganização e do amadorismo, tivemos uma Assembleia Geral que era para terminar à uma da tarde, mas a acreditação só terminava às três da tarde. Isso é algo que não faz sentido. Eu nunca vi uma Assembleia Geral com aprovação de contas em voto secreto, pessoas a inscreverem-se, pessoas a passar em frente... Perdeu-se completamente o foco da discussão. Ainda se estavam a discutir as contas e já estavam a ser votadas. Isto é mais uma coisa que não faz sentido"
Realidade paralela: "Acho que a direção continua a viver numa realidade paralela. Nós estamos preocupados em que o FC Porto seja forte, seja forte a falar para fora e que, internamente, esteja unido. Agora, andar a massacrar o treinador, a queimar o treinador em lume brando... Quando o clube perde ele é deixado sozinho. Não faz sentido."
Investimento na equipa e o treinador: "O presidente disse hoje que fez um grande investimento financeiro no clube. Eu não entendo como é que ele fez em grande investimento quando havia apenas oito mil euros na conta. Isso não faz sentido. Isto é paradoxal e, de certa forma, patético. Quando se diz que há oito mil euros na conta com que poder negocial se fica? Como é que os jogadores que envergam a nossa camisola seguram este clube? Como é que os outros clubes olham para nós?"
A escolha de Vítor Bruno: "Eu não sou apoiante desta direção, mas quem votou nesta mesma direção não estava certamente à espera de levar com alguém como Vítor Bruno, que era adjunto de Sérgio Conceição, o treinador que foi tão criticado. Acho que não eram desses nomes que estavam a falar. [Não concordou com esta decisão?] Eu não tenho de concordar ou deixar de concordar. Mas a verdade é que houve uma discrepância entre aquilo que se achava que ia acontecer e o que realmente aconteceu."
A postura daqui para a frente: "Não é uma questão de listas, aqui somos todos sócios de pleno direito. O que não gosto é que seja promovido um discurso de mentira e ódio. A partir do momento em que houve eleições e uma nova direção, temos de olhar para a frente. Agora, quando perdemos com o Benfica ou com o Sporting — e, infelizmente, temos perdido todos os jogos importantes —, começa-se logo a falar das decisões do passado. Isso não faz sentido. São desculpas de mau pagador."