O Famalicão não ganha, para o campeonato, desde 4 de novembro do ano passado, quando recebeu e bateu o Gil Vicente, por 3-1. Desde o jogo da 10.ª jornada somou três empates e perdeu diante do FC Porto, em casa, e contra o Benfica, na Luz. A antevisão de João Pedro Sousa à receção ao Chaves, no domingo (20h30).
Corpo do artigo
O plantel está pronto para regressar às vitórias, perante o último classificado, o Chaves? “O último lugar para mim e para nós é totalmente irrelevante. Estamos preparados para jogar e para vencer o jogo. Não vou esconder a preocupação que passaram alguns jogos e não conseguimos vencer e marcámos pouco. Tudo isto leva-nos a concluir que é um jogo importante para nós para ganharmos. Reconhecemos essa importância, jogamos em casa, perante os nossos adeptos, e também para, na nossa cabeça, darmos um bocadinho de justiça ao que temos feito. Sabemos onde temos de melhorar para vencermos o jogo.”
O que é que falta à sua equipa para alterar esta onda de resultados? “Em termos individuais e coletivos é um momento muito difícil de explicar. Já houve jogadores de alto nível, de topo mundial, que passam por fases em que não conseguem marcar e não encontram o motivo. Nas equipa isso também acontece. Se eu soubesse estava resolvido e amanhã marcávamos muitos golos. Pode ser um sem número de questões e várias em simultâneo. Claro que eu tenho a minha ideia, tento de alguma forma corrigir, há coisas que são muito difíceis de corrigir. A única coisa que eu sei é que continuo a ter uma total confiança nos meus jogadores, desde o Luiz Júnior na baliza até ao avançado que está lá para empurrar a bola para dentro da baliza. Estamos a acertar em todo o lado, menos na baliza. Isso é preocupante, fico um bocadinho chateado e os jogadores também, porque temos a sensação que estamos a fazer o mais difícil, conseguimos transportar a forma como pensamos e disputamos os jogos, mas o mais importante não estamos a fazer, que é ferir o adversário com golos. O golo não está a aparecer, claro que deixa um bocadinho de ansiedade, o que fizemos durante a semana foi treinar a finalização. Continuamos com muita confiança no nosso jogo e é o nosso jogo que nos vai levar a marcar mais golos e a sofrer menos golos.”
Por ter um plantel jovem não teme que possa haver desconfiança nos processos da equipa? “Claro que sim, pode acontecer. O nosso trabalho passa muito por aí. Todas as semanas trabalhamos de forma a que os jogadores acreditem no trabalho. Os jogadores têm, aliás, essa consciência. Neste período perdemos dois jogos com o Benfica [um para a Taça de Portugal] e um com o FC Porto, jogos de grau de dificuldade muito grande, mas mesmo nessa derrota há motivos para os jogadores se sentirem confiante e orgulhosos daquilo que fizeram. Somos uma equipa jovem, recordo que o Théo, por exemplo, foi dos primeiros jogos que fez na carreira dele numa competição deste género. Temos de ter um bocadinho de paciência em determinadas alturas da época, porque esta juventude traz-nos coisas positivas, mas noutros momentos temos de ter algum cuidado para não acontecer alguma desconfiança. Eu acredito que não, espero que não aconteça no jogo com o Chaves. A nossa vontade de ganhar está sempre presente, mas essa vontade ainda tem de ser maior precisamente porque os últimos resultados não foram positivos.”
É verdade que recebeu uma proposta do Al-Jazira, dos Emirados Árabes Unidos? Porque decidiu continuar no Famalicão? “São situações normais. É o mercado a trabalhar, no caso dos jogadores abre e fecha, no caso dos treinadores nunca fecha, está sempre aberto. Uma coisa garanto: concentração total no meu trabalho no Famalicão. Tenho objetivos bem definidos, alguns já não vou conseguir alcançá-los, como por exemplo a final da Taça de Portugal, o outro, o quinto lugar, está bastante difícil de o alcançar, no entanto é quase ponto de honra para mim, até ao limite, chegar a essa posição. Outros objetivos que também se colocaram estão completamente alcançados. A prova disso é as notícias que têm saído diariamente sobre o interesse em jogadores do Famalicão. Portanto, total concentração no meu trabalho. Tenho um carinho muito grande pelo meu trabalho, por este clube, por estes adeptos e enquanto estiver aqui foco total e de ajudar o clube a atingir os seus objetivos.”
Confirma proposta? “Até por uma questão de respeito pelas pessoas daqui e de outros clubes que eventualmente possam ter falado comigo, penso que são situações normais. É um não assunto, como digo estou focado no meu trabalho no Famalicão, não fazia sentido falar noutras situações.”