João Pedro Sousa e a queixa de racismo de Chiquinho: "Se acontecesse num cinema, este senhor era expulso"
Declarações de João Pedro Sousa, treinador do Famalicão, após o empate com o Farense (1-1), em jogo da 21.ª jornada da I Liga
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Análise e reação: “Frustração completa. Não só devido ao momento em que sofremos o golo, mas basicamente por aquilo que conseguimos dar ao jogo, aquilo que tentámos fazer para condicionar o adversário. De uma forma muito geral, criámos o suficiente para chegar ao segundo golo e evitámos muito daquilo que o Farense costuma fazer, com exceção de algumas bolas diretas, alguns duelos e algumas situações de cruzamentos, como aconteceu no 1-1. São situações difíceis de controlar. Pecámos nesse último lance, mas em lances anteriores já podia ter acontecido. Pelo controlo de jogo que tivemos, sempre a olhar para a baliza do adversário, sempre com intenção de levar a bola para longe da nossa baliza, por vezes chegámos mesmo a dominar o jogo, mas não fomos fortes no ataque à baliza, na finalização. Tivemos muitas situações em que podíamos ter feito melhor. Infelizmente, acabámos por perder dois pontos e empatar o jogo".
Alegado racismo contra Chiquinho: "São situações lamentáveis. Nós, Famalicão, vimos de duas semanas que não podem acontecer. Em Famalicão, estava toda a gente a preparar-se para um espetáculo desportivo [jogo com o Sporting] e um grupo de pessoas, pessoas entre aspas, resolveram andar à pancada. Um colega que trabalha comigo, o Pedro Silva, ficou estendido no chão e foi para o hospital. Foi o Pedro, podia ser outro Pedro qualquer. É incrível como ainda vemos Pedros no chão à porta dos nossos estádios e essas pessoas, entre aspas, estavam preparadas para ir para a bancada de um espetáculo desportivo prontas para fazer aquilo que fazem cá fora. Hoje, aconteceu outra coisa que também não deve acontecer no futebol. Estas pessoas não podem estar nos estádios, não podem estar nos espetáculos desportivos. Se acontecesse numa sala de cinema, este senhor era expulso. Temos de tomar medidas urgentes, porque vivemos todos do futebol e o espetáculo do futebol é para as pessoas, portanto, vamos dar-lhes coisas positivas e não coisas como o que aconteceu na semana passada e hoje, a todos os níveis lamentáveis”.