João Oliveira, herói do Fafe na Taça: "Gostava de encontrar o Sporting, mas mais tarde..."

João Oliveira
LUSA
Entretanto, o sorteio da Taça de Portugal ditou um duelo do Fafe contra o Lusitano de Évora e, se passar, defrontará o vencedor do Caldas-Braga. Duelo com Sporting pode mesmo ficar para mais tarde
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João Oliveira foi a grande figura do Fafe com um bis que ajudou a eliminar o Arouca (2-1) da Taça de Portugal. Foi o segundo adversário da I Liga que os fafenses derrubaram nesta competição, depois de já terem vencido o Moreirense (1-0).
"Foi um momento muito bom, como é óbvio, e fiquei muito feliz, principalmente por ter dado a passagem à próxima fase", explicou o médio, que bisou pela terceira vez na carreira, depois de já o ter feito no Vilaverdense e na Polónia (Sosnowiec). "Não é tão comum os médios marcarem, porque normalmente são os avançados, mas também temos de ter essa responsabilidade. Gosto de aparecer na área, e nas bolas paradas sou forte no jogo aéreo. Às vezes aproveito esses momentos", referiu o jogador de 33 anos, que, frente aos arouquenses, apontou os dois golos de cabeça, na sequência de cantos. "A vitória não teve contestação, foi justíssima. No início, defendemos um bocado em bloco baixo, a respeitar o Arouca, pois sabíamos que tinham muita qualidade com bola. Queríamos anular o jogo ofensivo deles e tentar sair em transições, mas faltou-nos um pouco de coragem", explicou João Oliveira. "
A partir dos 25 minutos, começámos a pressionar mais alto e a ter bastantes oportunidades. A segunda parte foi toda nossa", destacou. O facto de a equipa da Liga 3 ter eliminado dois adversários do principal escalão na Taça de Portugal vai tornar a tarefa ainda mais difícil no futuro. "Acredito que nos olhem com mais respeito. Já tínhamos eliminado o Moreirense e agora que eliminámos outra equipa de I Liga; os adversários vão criar-nos mais dificuldades. Vai ser cada vez mais difícil passar, mas hoje em dia o futebol está muito moderno e as equipas treinam de uma forma muito profissional. Não há uma diferença assim tão grande nas primeiras três divisões", analisou o médio, confessando que gostava, hoje, de um sorteio mais favorável de olhos num reencontro: "Gostava de encontrar o Sporting, porque tenho uma ligação com o Rui Borges e a sua equipa técnica, mas mais tarde. Para já, preferia que fosse uma equipa mais acessível. O Rui Borges foi meu treinador no Académico de Viseu, quando fomos às meias-finais da Taça de Portugal contra o FC Porto. É um treinador muito humilde, uma pessoa espetacular, assim como o Ricardo Chaves e o Morato, tenho um carinho especial e estou sempre a torcer por eles", contou. Contudo, segundo Oliveira, o principal foco do Fafe é o campeonato.
"A equipa cresceu bastante desde o ano passado. Mantivemos uma boa base e estamos com uma estrutura com melhores alicerces, o que nos vai levar a bom porto. Acredito que vamos lutar e subir à II Liga", finalizou.
Discurso motivacional serviu de inspiração
Antes de o jogo começar, João Oliveira teve um discurso motivacional para o plantel, partilhado pelo Fafe nas redes sociais, e que o próprio explicou a O JOGO. "Falo muitas vezes antes dos jogos e neste disse uma coisa que acabou por acontecer. Independentemente do que aconteça, temos de acreditar até ao último segundo que vamos passar. Não gosto de dizer que sou o herói, porque fizemos um jogo muito competente coletivamente", analisou, prosseguindo: "Não acho justo individualizar uma vitória que foi espetacular".
