Declarações de João Neves, agora jogador do PSG, em entrevista de despedida, aos meios de comunicação oficiais do Benfica
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Saída: "Foi muito difícil, porque se eu quisesse mesmo ir embora, e se o Benfica quisesse mesmo que eu fosse embora, já tínhamos resolvido isto há muito tempo. Tentámos até ao máximo e chegámos a um consenso. Achámos o melhor das duas partes, em termos financeiros é bom para o clube e é bom para mim."
Desafio no PSG: "Claro que assusta, saio da minha zona de conforto. Tenho presente na minha cabeça que sou muito acarinhado aqui, desde o primeiro dia, em que me estreei na equipa A, e mesmo no primeiro treino, pelos meus colegas e pelo staff, por toda a gente. Vou sair para um país diferente, para uma realidade diferente, língua diferente, ainda não estou muito seguro do que é que eu posso fazer lá, mas vou dar o meu máximo. Essa é a minha natureza, dar o meu máximo onde quer que eu esteja, porque sei que, se der o meu máximo, estarei sempre mais próximo de alcançar os meus objetivos. Tal como fiz aqui desde o início, lá vou fazer também desde o começo."
Processo que levou à saída: "Nunca, nem eu, nem a minha família ligou a quem quer que seja para forçar a minha saída, ou qualquer outro tipo de assunto relacionado com o João Neves querer sair. Nem o Benfica quis que eu saísse. Está muito bem vincado e muito bem presente na minha cabeça. Falei algumas vezes com o presidente, tínhamos sempre a mesma opinião. Não foi fácil para o Presidente. Nas reuniões que eu tive com ele, o Presidente estava muito emotivo, porque se tratava de mim. Quando acordámos o momento para eu sair, o presidente meio que mostrou uma lagrimazinha, e eu também, chorámos um bocado os dois. Mas é como já disse, foi bom para o clube. Não há nada acima do clube, nem eu estou acima do Clube."
Do que vai ter mais saudades? "Dos meus amigos de infância, sem dúvida. Para mim, a amizade é uma coisa muito forte que eu levo para a vida. Foram amigos que o Benfica me deu, como, por exemplo, o António, que, é do conhecimento público, é um dos meus melhores amigos. O próprio André, o Gouveia, a malta da Formação, o Araújo, o Samuel, e mesmo aqueles que não são da Formação. Eu tive uma empatia muito grande, disso eu sei que vou ter mesmo saudade. E a outra, não menos importante por eu dizer em segundo, é vestir a camisola do Benfica, entrar no Estádio da Luz, festejar um golo do Benfica. Vou continuar a festejá-los, não da mesma maneira, mas vou continuar a festejá-los. Agora fora de campo, mas disso eu vou ter muitas saudades."