Médio voltou a aproveitar a oportunidade para marcar um golo digno de registo e chega à melhor temporada da carreira.
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No início da temporada, João Mendes levou para casa o prémio de melhor golo do ano, graças à “bomba” que deu o empate (1-1) diante do Braga na Pedreira, e esta época pode bem voltar a ser um dos candidatos à distinção. O remate certeiro que protagonizou diante do Rio Ave não só fez levantar as bancadas e foi considerado um dos melhores da jornada, como assinalou um feito na carreira do médio, que chegou aos oito golos, a melhor marca enquanto profissional.
Depois de ter sofrido uma lesão grave no final da última temporada – fratura no tornozelo, diante do Farense, em abril –, o camisola 17 do Vitória de Guimarães fez das adversidades força e regressou aos relvados no arranque da temporada, ainda com Rui Borges no comando técnico. Aos poucos, João Mendes foi ganhando ritmo competitivo e fazendo a diferença, ainda que não fosse sempre titular. O médio, que foi sempre suplente utilizado cada vez que começava os desafios do banco, voltou à titularidade no Estádio do Dragão, a 24 de fevereiro, no empate (1-1) diante do FC Porto, e não mais a largou, quer no campeonato, quer na Liga Conferência, competição na qual também já fez a diferença, com o grande golo que marcou em Sevilha, frente ao Bétis, na primeira mão dos oitavos de final da prova. Frente o Rio Ave, somou o terceiro jogo completo da presente época, ao ter disputado os 90 minutos frente a Braga, na Pedreira, e Benfica, em Guimarães.
Aos 30 anos, Mendes, também conhecido como “puro” por o considerarem um médio “à antiga”, chega à melhor fase da carreira, marcada por altos e baixos. O jogador, que fez a formação no Leixões e passou pelos Açores, chegou à I Liga depois de duas épocas em grande na Oliveirense, que chegou à final four de promoção. Assinou, depois, pelo Tondela, mas após uma primeira metade de temporada apagada, foi cedido à Académica, onde voltou a fazer a diferença. Seguiu-se o Estoril, em 2020/21, cuja adaptação não correu da melhor forma, e foi no Chaves que encontrou estabilidade, com Vítor Campelos a apostar no centro-campista e a ajudar a desenvolver as características defensivas, nomeadamente na reação à perda e transição defensiva.
A chegada ao Vitória, na época passada, foi o momento mais desafiante até então e foi mesmo pelos conquistadores que conseguiu chegar ao melhor marco da carreira, com 44 jogos disputados e oito golos – o máximo tinha sido em 2017/18, pela Oliveirense, com 34 desafios e dois remates certeiros – o último digno de registo e numa época individual, como o próprio admitiu, “que não tem sido fácil”.