João Mendes, oficializado por quatro anos com o Vitória, aborda o seu regresso a um clube onde esteve um bom pedaço da formação
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João Mendes está de volta a Guimarães, de onde saiu para o FC Porto, regressando jogador mais feito, apostando em vingar no lado esquerdo da defesa dos conquistadores. Oficializado como reforço, com contrato válido por quatro temporadas, o lateral nascido no Marco de Canaveses chega à cidade-berço, após uma época onde fez nove jogos pelos dragões.
"Voltar a uma casa onde fui feliz deixa-me com um sentimento positivo. Espero regressar para trazer felicidade aos adeptos. Para mim, foi uma decisão fácil. Parecia que tinha deixado algo por fazer e tive sempre esse sentimento desde que saí. Quando apareceu a oportunidade, quis regressar porque, como eu disse, tenho algo por fazer", confessou João Mendes, que deixou outras considerações sobre o vínculo celebrado com o Vitória.
O que mais deseja conseguir nesta etapa? "Estrear-me no Estádio D. Afonso Henriques com a equipa principal, por exemplo. Era um dos meus objetivos quando cá cheguei pela primeira vez. Não foi possível naquele momento, mas tem tudo para acontecer agora. Sei que, quando acontecer, vai ser um momento diferente pelos adeptos, pelo ambiente vivido no estádio, que é distinto. Espero ter muitas alegrias quando esse dia chegar."
Primeiras impressões neste regresso? "O que me impressionou mais foi o balneário. Quando saí daqui não estava como está agora. É um balneário que deixa marca. Houve outras coisas que sofreram alterações. O clube está a crescer e há de continuar a crescer."
As ligações que persistem e que ajudam muito nesta segunda vida em Guimarães? "Mantive contacto com companheiros meus. Por exemplo, com o [Tomás] Händel, o Afonso [Freitas] e o Maga. Mantivemos o contacto e acho que eles estão contentes pelo meu regresso assim como eu também estou contente por voltar a encontrá-los. Vivi um momento muito importante quando a equipa B subiu à Liga 3. Aquele grupo criou relações muito fortes. Estou muito ansioso para retomar o convívio com eles, sem dúvida."
Que tipo de jogador se sente hoje? "Sou um jogador mais maduro. Passaram três anos. Foram três épocas boas. Difíceis também. Sem dúvida que trago mais experiência na minha bagagem. Sou um jogador mais completo do que era há três anos. Ainda tenho muito para melhorar e nós estamos sempre a aprender. Vou trazer soluções diferentes à equipa. O que posso garantir agora é o meu compromisso e o esforço máximo em todos os treinos e todos os jogos."
É uma reintegração que lhe traz ansiedade? "Há sempre alguma ansiedade para voltarmos a fazer aquilo de que mais gostamos. Desta vez é num sítio diferente, mas que já é familiar para mim. Vou conhecer os meus novos companheiros de equipa, reencontrar alguns deles. Essa ansiedade é natural e é positiva. Vai passar logo nos primeiros momentos. Ajuda já conhecer a casa para onde venho. É mais fácil essa integração com a estrutura e com a equipa."
Longe de Guimarães, havia sempre essa paixão que o fazia torcer pelo Vitória? "Continuei a acompanhar o Vitória desde que saí. É impossível deixar de acompanhar depois de estar aqui. O que se vive neste estádio e na formação é ímpar. É-nos incutido um ADN muito próprio e muito característico da cidade. Apesar de ter estado fora do clube e da cidade nestes últimos três anos, continuei a acompanhar e desejei sempre o melhor para o Vitória. Agora estou de regresso."
Qual é o seu entendimento de um jogador à Vitória? "Um jogador à Vitória é um jogador que dá tudo, que, se calhar, ultrapassa os limites que pensava que tinha. É um jogador que deixa tudo em campo. É isso que os adeptos exigem e querem. Acho que é esse o ADN Vitória: o bairrismo da cidade e querer sempre mais."
Já se imagina também a defender as cores do clube na Europa? "Já assisti a jogos de competições europeias no Estádio D. Afonso Henriques e o estádio estava cheio. Sem dúvida que vai ser um momento entusiasmante para os vitorianos e para mim também enquanto jogador desta instituição e desta casa."