João Loureiro divulga carta aberta na sequência da morte de adepto sportinguista

O presidente do Boavista, João Loureiro, abordou os incidentes da passada madrugada que resultaram na morte de um adepto do Sporting
João Loureiro divulgou uma "carta aberta ao país desportivo" na sequência dos incidentes da passada madrugada junto ao Estádio da Luz, que resultaram na morte de um adepto do Sporting. Em nota publicada na conta oficial de Facebook do Boavista, o líder axadrezado destacou que está na "altura de fazer o país desportivo e das respetivas instâncias fazerem uma muito séria reflexão", criticando a "canibalização do espaço mediático" e a "subserviência aos interesses" dos grandes clubes.
"Face ao trágico acontecimento de hoje, que muitos já adivinhavam viesse mais tarde ou mais cedo a acontecer, venho, em meu nome pessoal e em nome do Boavista Futebol Clube, enviar os meus sentimentos à família enlutada e ao Sporting Clube de Portugal. Não posso, no entanto, deixar de chamar a atenção para o clima de agressões verbais, pressão, intimidação e autêntica coação que, sem exceção, tem sido criado e desenvolvido de forma despudorada e crescente por representantes diretos e indirectos dos chamados três grandes, envolvendo também a cumplicidade e amplificação por parte de comentadores e alguma comunicação social, numa espiral que só podia conduzir a este resultado. Que todos tenham essa noção", atirou João Loureiro.
"É altura de o país desportivo e das respectivas instâncias fazerem uma muito séria reflexão, pois a canibalização do espaço mediático (com a responsabilidade inerente dos decisores da comunicação social) e a subserviência aos interesses desses grandes clubes (que respeitamos pela sua grandeza, mas que até por isso também têm que saber estar à sua altura), e os seus comportamentos a vários níveis, e designadamente através dos ditos gabinetes de informação, estão a fazer muito mal ao desporto português, e ao futebol nacional em particular", acrescentou o presidente do Boavista.
O líder axadrezado recordou ainda o tratamento dado ao caso do sócio do Boavista que ficou invisual, depois de ter sido "barbaramente agredido por agentes da autoridade".
Exemplo claro deste estado de coisas é o facto de um adepto e sócio do Boavista ter sido barbaramente agredido, tendo ficado invisual de uma vista, por agentes de autoridade há mais de dois anos, num claro e repulsivo episódio de abuso de autoridade, sem que, apesar da denúncia e de todas as diligências por parte do próprio e do clube, tenha sido até ao momento sido responsabilizado o seu autor. Pergunta-se: e se fosse adepto de algum dos grandes, o assunto teria sido tratado da mesma forma? Todos sabemos a resposta, mas nada é feito para se alterar", afirmou.
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