João Henriques: "Fala-se demasiado em coisas que são acessórias"

Preparação do jogo: "O grupo tem estado sempre num percurso crescente relativamente às ideias, desde que chegámos. Neste momento, está estável, assimilou tudo o que tinha para assimilar. Agora, temos de operacionalizar o que temos vindo a trabalhar, de forma a que isso se reflita nos pontos conquistados, nas vitórias, nos bons resultados, nos ciclos positivos que pretendemos manter. Não vamos olhar muito para o calendário, mas jogo a jogo, que isso é que nos importa. Cada jogo vale os mesmos pontos, não vamos fugir a isso; os graus de dificuldade serão diferentes, jogar em casa ou fora é uma situação diferente, mas, vamos estar focados em cada um desses desafios com o mesmo objetivo: ganhar, ter um bom desempenho, consolidar todos os processos assimilados e isso, lá está, estas semanas permitiram-nos preparar este jogo com mais calma, até porque mantivemos o plantel na sua totalidade a trabalhar e isso é uma mais-valia para nós".

Regresso a casa, após vencer FC Porto e empatar com Estoril: "Estamos num período com confiança e isso é bom, sempre. Agora, vamos defrontar um adversário de muita qualidade. Tem mostrado, ao longo da época, com melhores períodos e outros menos bons, uma regularidade em termos exibicional que lhe permite ter a pontuação que tem nesta altura, processos muito bem definidos, um excelente trabalho efetuado pela equipa técnica, bons jogadores, bom coletivo. Sabemos disso. Temos de estar ao nosso melhor nível, com foco nas missões táticas individuais e coletivas, fazê-las na perfeição, ter uma atitude positiva perante o jogo, ser agressivos, porque só dessa forma conseguiremos ultrapassar o Chaves e conquistar os três pontos. Sabemos de antemão que a vitória em casa com o primeiro classificado e o empate no Estoril deixam-nos numa posição boa, mas, não podemos dormir à sombra dela, porque não nos garante absolutamente nada. Garantiu-nos, apenas, quatro pontos e ainda precisamos de bem mais para estarmos numa posição confortável. Queremos fazê-los o mais rapidamente possível. Há 21 pontos, queremos conquistar 21 pontos e, olhando para os jogos, semana a semana, com maior tranquilidade mas com o foco no objetivo de somar o maior número de pontos para nos apresentarmos numa situação classificativa confortável".

Dores de cabeça: "Boas dores de cabeça, porque, a pouco e pouco, jogadores com lesões têm vindo a estar aptos. É o caso do André Leão, que na primeira semana esteve condicionado e na última totalmente integrado no grupo. Só Quiñones, com o quinto cartão amarelo, não está apto para o jogo. Portanto, muito boas dores de cabeça, porque temos a maioria dos jogadores disponível para este jogo e isso dá-nos várias opções, em termos estratégicos também, para defrontarmos este adversário".

Vídeo promocional do jogo: "Esta é a extensão do que o grupo de trabalho tem passado para todo o clube, do envolvimento de todas as pessoas à volta da equipa. Cabia-nos a nós começar a fazer isso. Fizemo-lo muito bem, nestas últimas jornadas, envolvemos toda a gente, os vários departamentos do clube, que trabalham muito bem e deram uma boa ajuda, envolvera ainda mais os adeptos. Sentimo-nos mais acarinhados, mais impulsionados para devolver esse empenho de toda a gente através dos pontos e de boas exibições. Obviamente, é importante sentirmos isso. Vamos querer mais gente no estádio, que é isso que nos interessa, mais pessoas a apoiar e, lá está: com toda a gente envolvida, a remar para o mesmo lado, somos muito mais fortes juntos".

Futebol mais saudável: "Sim, este é o caminho que todos os intervenientes devem seguir. Fala-se demasiado em coisas que são completamente acessórias para o jogo de que tanto gostamos e pelo qual temos tanta paixão. Temos de ter a promoção ideal desse jogo e não aquela promoção negativa inerente a vários fatores que extravasa tudo o que se passa dentro das quatro linhas, na maioria das vezes e é prejudicial ao futebol. Estas iniciativas obviamente que motivam os jovens a vir ao futebol, a acompanhar. É isto que temos de fazer para termos cada vez mais jovens para o futebol, não só para jogarem, mas para as diversas áreas que estão a ligadas ao futebol, que tanta importância importância têm, seja nas equipas técnicas, nas diretivas, nestes departamentos que estão sempre à volta de uma equipa de futebol profissional. As pessoas ficam mais motivadas para fazerem parte de algo que, quando corre bem, obviamente, deixa todos contentes e, quando corre menos bem toda a gente fica triste, porque é uma equipa enorme. A parte visível somos nós, que chegamos aqui e falamos com a comunicação social, mas, por detrás desta cara, há imensas pessoas a trabalhar em prol do clube e isso é a parte boa. Estamos a falar do Paços, mas, toda a gente devia seguir este exemplo".