João Costa: "Um jogador à Porto não é só bater e beijar no símbolo"

“Para mim, o que define o jogador à Porto são os adeptos, não são os jogadores que se auto-intitulam de jogador à Porto. Acho que o que define o jogador à Porto é a cultura de trabalho que demonstra diariamente. E isso é que faz com que os adeptos depois o definam como um jogador à Porto. Independentemente de onde venham. Acho que posso ser um jogador à Porto e jogar noutro clube. As pessoas podem olhar para mim e dizer 'aquele era um jogador à Porto'. Acho que isso até acontece com outros jogadores que estão jogando noutros clubes e os adeptos olham e dizem este é um jogador à Porto, era um bom jogador para vir para o nosso clube. E acho que os adeptos é que definem o que é um jogador à Porto, não somos nós. Também gosto muitas vezes de escrever textos bonitos, também gosto de bater no símbolo e beijar o símbolo, mas acho que o jogador à Porto não é só isso. O jogador à Porto não é ter 13 ou 14 anos de formação como eu tive,  jogador à Porto não tem nacionalidade nem idade. Já tive grandes líderes, tive o prazer de privar com grandes líderes e grandes portistas. posso dar o exemplo de alguns: tive o Helton, tive o Lucho, tive o Hulk e todos eles eram estrangeiros, não passaram pela formação e eram grandes líderes e grandes portistas. Por isso eu acho que o jogador à Porto não somos nós que o definimos, são os adeptos. O que nós podemos definir é a nossa cultura de trabalho, é o que nós fazemos dia-a-dia, é sermos um profissional à Porto, sermos um trabalhador à Porto. E isso não se aplica só aos jogadores, aplica-se a toda a gente. Toda a gente neste clube soma, toda a gente importa. Os jogadores no seu posto, os adeptos no seu posto, a administração no seu posto, os trabalhadores no seu posto, todos contam. E isso é que cria o ADN Porto, é a união de poder lutar contra tudo e contra todos. Sempre fomos habituados a isso, a demonstrar sempre mais do que os outros. E acho que isso é que criou a nossa mística, o nosso ADN. Nós jogadores, é o que temos que demonstrar, é a nossa cultura de trabalho dia-a-dia, a resiliência, a disciplina, chegar a horas, representar o clube dentro e fora do campo. Isso é o que nós temos que nos focar enquanto jogador”, afirmou.